Sociedade Columbofila Caldense – caldas da rainha – ACD Leiria
Os melhores cumprimentos a todos os columbofilos e suas famílias, espero encontra los todos de saúde. O dia de hoje será dedicado à apresentação da sociedade columbófila caldense, uma colectividade das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria… Catedrática no panorama regional e nacional. Actualmente conta com 21 concorrentes a encestar pombos, mas em anos áureos chegou a ter 68 columbofilos a enviar pombos a concurso. Fomos ao encontro de umas gentes fantásticas e conhecemos um edifício emblemático, reconhecido nacionalmente como tendo um património arquitectónico superior. Inicialmente tínhamos pensado, apresentar no mesmo dia um columbofilo campeão desta zona e ao mesmo tempo fazer a apresentação da colectividade onde esse amador concorresse, e deverá ser possível em alguns casos no futuro, particularmente com esta apresentação ficaríamos com um artigo muito extenso e resolvemos separar as aguas… vamos então falar um pouco da historia desta casa imponente…

Em 1938 alguns Caldenses apaixonados pela prática da columbofilia, encetaram esforços e reuniram vontades para criar nas Caldas da Rainha uma colectividade que se dedicasse à pratica da columbofilia. Por mais visionários que fossem nunca imaginariam que aquela semente lançada à terra germinasse e desse origem aquilo que hoje se tornou esta casa, que visitamos.

Até 1949 foi uma delegação da Sociedade Columbófila Centro de Portugal com sede na cidade de Lisboa, a sua essência era quase exclusiva dedicada os concursos com pombos correio. A partir de finais da década de 50, começou um processo lento mas estruturado, de realização de acções que permitissem a obtenção de verbas que possibilitassem, afirmar e dar maior visibilidade à pratica columbófila na comunidade. Uma das prioridades foi a aquisição de um edifício para a sua sede própria.Foi o inicio do sonho…

Foi na sequência desse objectivo, que um grupo dinâmico de sócios começou a realizar os celebre bailes do Lisbonense, cuja organização era exclusiva da colectividade, bailes estes que foram ganhando visibilidade e prestigio local e regional, gerando fundos que ajudaram à concretização do sonho.

Esse sonho foi materializado em 1977 com a aquisição do edifício onde hoje se encontra ainda a sede da colectividade, foram arrendatários nesse espaço durante os primeiros anos. Um edifício dos anos 20, de muito prestigio com referencias elogiosas em revistas de arquitectura nacionais.

Apesar de à data existir alguma disponibilidade de capitais próprios, houve necessidade de recorrer a um credito bancário, pois era imperioso construir as infraestruturas hoje existentes, com relevo para o pavilhão poli desportivo, um dos primeiros da cidade, infraestrutura que permitiu continuar a tradição da organização dos bailes e Carnaval e passagens de ano, mas desta feita em espaço próprio.

O Pagamento desse credito colocou à prova de modo por vezes dramático os dirigentes e associados da colectividade, durante muitos anos. Esta casa passou por momentos delicados, mas sempre se conseguiu reerguer. No final da década de 90 conseguiu liquidar a totalidade dos empréstimos.

Foram décadas de dedicação e esforço por parte de um grupo grande de sócios, mas que conduziu à sua afirmação desportiva, recreativa e cultural, sendo que a pratica da columbofilia, foi , é, e será sempre o fulcro do trabalho e do empenho.

Quer a nível de columbofilos como a nível de atletas, têm acontecido grandes resultados de destaque no panorama regional, nacional e internacional. A todos eles se presta uma sentida homenagem, desejando desde já que continuem a elevar bem alto o o nome da Caldense.

Uma colectividade reconhecida pela câmara Municipal com o diploma de prata pelos serviços à comunidade e posteriormente diploma de ouro.

O primeiro concurso oficial realizado por esta colectividade, feito ainda ligados ao centro de Portugal… foi uma solta com cerca de 80 km, foi da Amadora, Lisboa


Recuando no tempo até aos primeiros passos deste emblema…Em 1938 o arranque aconteceu numa pequena divisão na rua da electricidade, depois passaram para um primeiro andar, com o encestamento no “Zé Padre” um senhor que tinha uns barracões , fazia transportes e os encestamentos eram ai, depois foi quando aconteceu a compra do edifício actual.

Ao longo destes ano muitos foram os presidentes que lideraram esta casa:
1958 – Joaquim da Conceição Velez
1960 – António Alfredo Martins Aniceto
1962 – Amandio Félix Tavares Adam
1964 – Amandio Félix Tavares Adam
1966 – Amandio Felix Tavares Adam

1968 – António Alfredo Martins Aniceto
1970 – António Alfredo Martins Aniceto
1972 – João Fernandes Carregal
1974 – Vasco Da Cruz Antunes de Oliveira
1976 – Raul Rodrigues de Oliveira

1978- António Alfredo Martins Aniceto
1980 – António Alfredo Martins Aniceto
1982 – Vasco Da Cruz Antunes de Oliveira
1984 – José Luís
1986 – Manuel Dos Santos Ferreira

1988 – Luís Filipe Pinto R. Oliveira
1990 – Luís Maria Ramalho
1992 – Luís Maria Ramalho
1994 – Luís Maria Ramalho
1996 – Carlos Alberto Coutinho Luís

1998 – Carlos Alberto Coutinho Luís
2000 – Mário José Cabaço De Oliveira
2002 – José Luís Pereira Ferreira
2004 – Vasco Da Cruz Oliveira
2006 – Mário José Cabaço De Oliveira

2008 – Mário José Cabaço De Oliveira
2010 – Luís Maria Ramalho
2012 a 2021 – Carlos Alberto Coutinho Luís

Caríssimos leitores esta colectividade que visitamos é de uma grandeza enorme, um edifício imponente, considerada uma das maiores do Mundo… espaços amplos… poli desportivo, salas de casamentos e baptizados, ginásio, cozinhas, bar…etc etc… espaços estes alugados por forma a rentabilizar o mesmo, mas acima de tudo liderada por pessoas com os pés bem assentes no chão.Recentemente perdeu um elemento fundamental…que partiu cedo de mais e neste momento há que encontrar sangue novo para trabalhar… um apelo aos sócios que se unam e que seja possível encontrar uma solução rapidamente para o bem de todos.

Algumas relíquias, bem guardadas

No ano de 2019 este pavilhão foi todo remodelado… existem algumas equipas amadoras que há varias décadas treinam neste espaço… por exemplo a secção de ginástica é de enorme categoria e um dos ícones deste espaço… com o Covid , todas esta actividade parou e o espaço encontra se sem vida neste momento…mas melhores dias virão e tal como as flores na primavera também estas salas em breve terão a alegria do movimento. Este pavilhão já acolheu tamanhos leilões que chegaram a ter que seleccionar quem entrava, que o espaço não albergava tanta afluência… grandiosos eventos aconteceram aqui…

É nesta sala onde tudo acontece… é o espaço reservado ao Conselho Desportivo… com uma sala de espera com tv , jornais e revistas… que adoçam a boca enquanto se aguarda pela saída das classificações.

Paulo Tabata..é um dos grandes obreiros deste sucesso nos últimos anos… ele tem a seu cargo, não sendo columbofilo… toda a gestão dos vários espaços… uma grande mais valia para a equipa.

Um edifício com uma grande imponência

Foi com enorme satisfação que visitamos este espaço…já anteriormente tínhamos sido convidados, mas nunca tinha sido possível, desta vez foi uma realidade e em boa hora, porque são estas visitas que nos fazem interiorizar o trabalho que os columbofilos fazem pelas suas comunidades envolventes e pela columbofilia…parabéns a todos os que contribuíram para tamanho sucesso.

Deixamos para traz uma grande colectividade que nos melhores anos chegou a ter 68 concorrentes a encestar pombos… ficou a promessa de tentarmos ao máximo estar presente numa próxima entrega de prémios. Será um prazer e só não estaremos se for mesmo de todo impossível. Obrigado pela vossa receptividade e calor humano… esperamos sinceramente que consigam cumprir todos os vossos objectivos, e que seja uma campanha tranquila. Um bem haja a todos… até breve…
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