“Veronas” estes Pombos continuam a ganhar de “Fundo”… ACD Setúbal
Caros amigos, na tarde de hoje, fazemos uma homenagem a alguns columbófilos do distrito de Setúbal mas essencialmente, homenageamos uma linha de pombos que já é cultivada há muitos anos nestas paragens, mas não só, em muitos outros pontos da País também… Daqui saíram pombos para vários locais e nas novas localizações foram fazendo furor um por todo o lado, são os: “Veronas”. Nomeadamente na especialidade de Fundo continuam a ser bastante competitivos, pese embora a sua diluição no tempo com inúmeros pombos que lhes foram introduzidos. A historia que vos contamos hoje foi-nos relatada por dois amigos: João Costa, conhecido pelo “3pelos” e Mário Felisberto, um dos grandes responsáveis pelos sucessos destes pombos.
Arsénio Costa, o Pai dos “Veronas”
Há muitos anos na localidade da Charneca da Caparica, Arsénio Costa um jovem Columbófilo dava sinais de grande dificuldade em classificar pombos na cabeça do pelotão e Mário Felisberto seu vizinho e amigo, numa altura de paragem columbófila, coloca em sua casa vários casais de pombos para rejuvenescer a equipa, onde também foram os avós maternos da “Verona”. Esse casal foi uma dos melhores de sempre do Distrito de Setúbal, para além de reproduzir a Mãe da pomba Olímpica, fez inúmeras colónias, em especial no Fundo. Inclusive no pombal do seu proprietário fez anos após anos de grande resultados com campeonatos a nível de colectividade e ao nível do distrito ganhos , anilhas sem conta.. tudo com filhos e netos destas duas pérolas, Mário Felisberto cultivou esta linha em primeira mão durante todo o tempo que possuiu pombos.
A Grande “Verona” 432794 \ 88
Nasceu e morreu no Pombal de Arsénio Costa, deixou uma geração de ganhadores que perdura aos tempos actuais, foi Vice campeã nacional só com classificações de 1 ano e Pomba Olímpica a representar o seu País, em Verona, dai o nome que ficou conhecido. A nível distrital foi uma bomba voadora que apareceu no distrito. Uma campeã que se transformou numa eximia reprodutora.
O prémio nacional foi recebido na Figueira da Foz, pelas mãos do Dr. Tereso.
A craque de Fundo foi descoberta quase por um acaso, ela estava a ganhar de velocidade e meio Fundo e nunca foi pensado ser encestada a Fundo… mas nesse ano o Arsénio ia na frente e precisava pontuar em todas as frentes, arriscou e lá foi a menina a Fundo… demorou uma semana a regressar, não gostou da “brincadeira”… ficou a recuperar e o normal seria voltar a ser encestada em velocidade e não regressar às grande distancia… mas não… foi diferente… foi novamente a Fundo passado 3 semanas… um risco em boa hora… aparece no limite para classificar logo nesse dia e dai em diante foi uma craque a voar lá de longe…cada encestamento sua “tolada”…
Na próxima foto relembramos a classificação da “Verona” que fica em segundo lugar apenas com classificações só de 1 campanha. Ela brilhou logo no seu segundo ano de vida na especialidade de Fundo e foi logo à nacional e à Olimpíada em Verona, quando regressou, Arsénio Costa mentalizou-se que os pombos que iam lá fora, vinham diferentes e não ganhava, assim relatavam os seus amigos mais próximos, parou a fêmea nessa campanha e voltou a entrar com ela ao Cabaz um ano depois, voltou a fazer uma época fantástica… era sem duvida uma pomba de eleição… podendo ela ter juntado classificações de dois anos seguidos teria ficado na Historia num lugar ainda mais elevado.
Um painel de grandes e boas recordações…
Mário Felisberto… um campeão do distrito de Setúbal… um mestre de Columbofilia
A “Verona” era filha da “79” e do Viúvo. A “79” era uma pomba filha de um casal de 1981 de Mário Felisberto, que apresentamos na foto em baixo. O macho do casal era um azul pequeno com a cabeça sarapintada de branco e a mãe é a da esquerda, uma azul Fabry \ Simon, filha de um Fabry de Aníbal Caeiro, que tinha sido oferecido ao Guilherme Paulino da Charneca e que tinha sido cruzado a uma pomba dos “Simonzinhos” do Cordeiro.
O Azul Sarapintado, nasceu de uma historia daquelas antigas… dois ovos oferecidos pelo Grande Carlos Cordeiro, na altura ao iniciante Mário Felisberto que nem tinha onde os colocar, foram para uma capoeira sem pombos correio, ai nasceu, ai foi anilhado com uma anilha velha que na altura não havia assim tantas anilhas, o outro ovo estava estalado e não nasceu e ainda hoje permanece desconhecido quais os seus pais, ou por opção ou por desconhecimento… o mestre Cordeiro nunca o revelou, só sabemos que estava escrito no ovo “390”.
Já ficou conhecida a parte materna da craque, e que pombo era este o “Viúvo”, pai da “Verona”? Foi um pombo que infelizmente ou felizmente andou desaparecido 3 meses… perdeu se num concurso, na primeira vez que saiu de casa e regressou passado este tempo com um escrito na pata… foi recuperado e tratado por um columbófilo… que em boa hora o fez, era um voador do Arsénio que as longas 83 primaveras da sua idade já não nos permitem recuperar muito bem essa parte.
Pombal Mário Felisberto…onde tudo começou…
Quanto a “Verona” terminou a carreira foi acasalada com o “Pedrado Gussman” um pombo de olho branco, vindo da casa de Diogo Caselas e oferecido ao sr Valério que por sua vez foi para o pombal do Arsénio e dai saíram pombos quer para dentro do distrito, quer para fora…e onde entravam faziam a diferença…muitos campeões se fizeram à sua conta… muitos mantiveram o anonimato, mas os 3 amigos, Arsénio, Mário e o “3pelos”,contaram -nos muitas historias… e ficámos a saber tanmtos e tantos nomes hoje conhecidos no panorama nacional que adquiriram filhos do Viuvo com a verona. O “Pedrado Gusman” era muito velho e morreu, entretanto o sr. Valério ofereceu-lhe outro e foi novamente acasalado à “Verona” e voltou a dar bons filhos. Foram estes os dois parceiros que a matriarca da geração teve ao longa da sua carreira como reprodutora.
Interior do Pombal de Mário Felisberto… onde tudo começou
Os anos passam e continuamos a ouvir falar destes pombos e ainda no topo das classificações. Em alguns pombais ainda se mantêm próximo das características pelas quais eram conhecidos… mas em muitos casos só já uma réstia desse sangue, corre nas suas veias… mas está lá uma “pontinha” como se costuma dizer na gíria columbófila. Damos os nossos cordiais cumprimentos ao sr. Arsénio Costa, ao Mário Felisberto que em grande parte contribuiu para esta historia de sucesso e também um abraço ao João Costa (3pelos) que soube cultivar e manter estes pombos durante muitos anos. Para os columbófilos que os têm, a maior sorte do mundo e que continuem a ajudar a escrever paginas desta história. Até breve…
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