Alberto Domingos um jovem apoiado pelo experiente Vítor Tirano- ACD Lisboa
Caros leitores são iniciativas como a que decorreu em Lisboa, especificando, num pombal perto de Caneças, conduzido por Vitor Tirano, que engrandecemos a columbofilia e por outro lado podemos trazer para o nosso seio mais jovens, mais praticantes. Alberto Castro da Silva Antunes Domingos um jovem entusiasta, que descobriu o pombo correio recentemente, fez um estagio ligado à columbofilia, no decurso do seu curso e dai em diante ficou com o bichinho a ferver…. e quando o “bicho entra…”.
Tudo aconteceu quando o jovem Alberto iniciou o curso de técnico de Produção Agrária- Variante Animal, na escola Profissional Agrícola D. Dinis Paiã. Durante o desenrolar dos semestres houve a necessidade de escolher um tema sobre o qual seria dedicado um estagio, depois um trabalho escrito sobre todo esse estagio e no final uma avaliação escrita e oral.
No caso do Alberto a ideia de fazer o seu estagio ligado à columbofilia e ao pombo correio surgiu, devido ao conhecimento entretanto travado com Vítor tirano, columbófilo na secção columbófila de Caneças no distrito de Lisboa e surgiu também do facto de já conhecer a ave em si e até já ter tido algum contacto com o pombo correio e com alguns conhecimentos na área.
A única ligação existente até então com a columbofilia, era mesmo o facto do Alberto manter ligações com vários columbofilos e columbicultores. Este estágio de 2 meses foi deveras intenso. Foram praticamente 60 dias com as tarefas diárias num pombal de competição a seu cargo, deste os treinos diários, a limpeza, a vacinação a preparação de um concurso, o encestamento, e claro as chegadas de treinos e concursos.
O columbofilia Online, pela sua experiência adquirida em centenas de entrevistas realizadas, nos últimos anos, estabeleceu um padrão de iniciação à columbofilia: na sua grande maioria dos iniciantes tiveram um principio comum, assistiram a chegas de concursos, ou participavam nas tarefas diárias no pombal…então para termos mais iniciantes, é necessário colocar o maior numero de jovens a assistir a chegadas de concursos ou integra-los num determinado pombal… foi o que aconteceu com o Alberto.
Claro está que parte fundamental do sucesso será sempre encontrar alguém que receba os jovens que tenha alguma sensibilidade para a pedagogia e que esteja disposto a abdicar de algum do seu tempo e paciência para receber um jovem muitas vezes irreverente… neste caso, só foi um sucesso porque Victor tirano foi a pessoa certa na altura certa a embrenhar se de cabeça neste projecto.
Pena é… que na maioria das vezes ficamos pelas boas intenções…então não é um excelente oportunidade…aproveitar que este tipo de escolas que estão ligadas ao campo e aos animais…e estão em muitos casos cedentes de bons projectos que cativem os jovens… não é aproveitar e reunir com elas e apresentar a columbofilia como uma alternativa?…ora aqui esta mais uma ideia… teremos alguém capaz de a agarrar? Não me vou alongar sobre tal…
Claro que não podemos apenas despejar os jovens nas escolas, dar lhe uma ideia de estagio, arranjar um columbófilo que os receba e pronto… à que perceber entretanto se na realidade os miúdos ficaram interessados em continuar com a pratica da columbofilia, mesmo depois de terminar o curso e o estagio e consoante esse interesse ajudar as respectivas associações ou clubes no apoio à concretização da entrada activa na columbofilia.
O que acham os nossos leitores da repartição de verbas federativas pelas associações, que tenham projectos destes a decorrer? eu acharia um espectáculo… e vou mais longe…e porque não também haver verba orçamentada, e entregue por concurso ás associações ou seus associados que estejam a organizar eventos ou a levar a cabo iniciativas de promoção do pombo correio ou da columbofilia? eu também acho um espectáculo.
Hoje sinto-me um tanto pragmático e chateado com a falta de iniciativa e abandono de vivacidade para lutar por dias melhores da columbofilia… até foi um fim de semana bastante produtivo em termos de evolução da columbofilia: a porta abriu se com uma palavra há algumas semanas atraz de Francisco ramalho, presidente da ACD Évora a Helder Galveia no sentido deste proporcionar que as várias associações centro \ Sul se conhecessem melhor e pudessem dialogar sobre as suas divergencias e pontos comuns e logo o columbofilia Online começou a trabalhar no sentido de sentar à mesma mesa de trabalho as varias associações…esse encontro, primeiro de muitos, teve como anfitrião Bruno Helena de Beja, senti na realidade que se deu um passo em direção ao futuro. Foi uma iniciativa pioneira e que nos deixa empolgados e esperançosos que temos amanhã.
Mas mesmo assim…não estamos satisfeitos… e quanto mais fazemos, mais sentimos que devíamos fazer mais… existem estruturas no nosso país que deveriam esta focalizadas no que é importante…unir columbofilos, promover o pombo Português, o columbófilo Português, apoio aos jovens.etc etc, esquecer um pouco a politica Columbófila… vou parar por aqui…e estamos a contar com elas para acompanhar a modernização que a sociedade em geral está a sofrer, e muito em especial para apoiar os “Albertos ” do nosso Portugal.
Pombais de estágio…
De partida para mais um concurso…
Quanto ao Alberto Domingos, sei que já tem alguns pombos seus, procura emprego na área (Agro pecuária) para poder iniciar a sua vida de trabalho activa e poder também concorrer com os seus atletas. Boa sorte, rapaz. Quanto aos nossos leitores aqui fica a dica, para quem tem negócios nesta área e na zona de Lisboa que possa olhar por este jovem com formação e vontade de trabalhar… podemos fazer a ponte até ele.
As tarefas nos pombais, na colectividade e nas concentrações para os concursos foram sempre levadas a cabo com distinção, até a sua avaliação final foi óptima: 18 valores. Na próxima foto podemos observar o momento da prova oral.
Infelizmente, apesar do columbofilia online estar convidado para o evento, não nos foi possível estar presentes…mas sabemos do sucesso que foi conseguido e agradecemos desde já todo o material enviado por Vito Tirano.
O momento da verdade…
Nervoso miudinho…
Caros leitores e amigos, nas próximas paginas deixo o trabalho escrito realizado pelo Alberto, para no caso de alguém menos experiente que queira aprender alguma coisa, ou em outros casos, de amantes mais esclarecidos, mas que possam fazer aproveitamento para apoio a outros trabalhos do género, ou simplesmente para estarem ocupados a ler sobre columbofilia. O trabalho é da inteira responsabilidade do Alberto. Despedimo-nos por hoje e boa leitura. Parabéns a todos pela excelente iniciativa. Podemos repetir…?
Agradecimentos
A elaboração deste trabalho dependeu da confiança, esforço, empenho, vivacidade, ajuda e disponibilidade das pessoas às quais me refiro com os meus sinceros agradecimentos.
Aos meus parentes maternos, por todo o amor e força, por me ajudarem a lutar por uma das coisas que mais gosto.
Ao meu orientador de estágio, Engenheiro Fernando Louro, pelo apoio e pelo incentivo para seguir em frente com este estágio e a disponibilidade para ser meu orientador.
Ao Senhor Vítor Tirano, por me ter aceitado no seu pombal, por me esclarecer as mais diversas questões e por me proporcionar treinos lindos em várias aldeias do nosso país.
A todos os professores e auxiliares que me acompanharam ao longo do curso, a todos muito obrigado.
A minha amiga muito especial por ser a melhor companheira, neste tempo de escola, a Raquel Aleixo muito obrigado.
I. Introdução
Foi realizado um estágio do dia 25 de Janeiro ao dia 22 de Março na empresa Secção Columbófila de Caneças, no Pombal do Sr. Vítor Tirano, situado no Olival Santíssimo, em Caneças.
Este estágio teve como principal objetivo aprofundar os meus conhecimentos, adquirir outros novos e melhorar na prática.
Este estágio teve também como finalidade a recolha de dados para a elaboração da minha PAP, nomeadamente os referentes a “ Treinos e Concursos em Pombos Correio”.
Tive a oportunidade de conhecer a nutrição do pombo, a alimentação para cada prova, acompanhar os pombos nos seus treinos diários, saber higienizar cada pombal, conhecer a maneira como encestar os pombos e saber apreciar bons pombos para concursos.
Este, porém, é um tema que particularmente me interessa visto ter já alguns conhecimentos na matéria, uma vez que faço criação de pombos correio.
II. Pesquisa Bibliográfica
1 Columbofilia em Portugal
1.1 Início
Em 1948, o estado português concedeu ao pombo-correio o estatuto de utilidade pública, sendo protegido por lei (Bruno da Cunha, 2010). Na atualidade estas aves não desempenham o papel de mensageiros, mas são os que tem maior número de participantes desportivamente.
1.2 Federação Portuguesa de Columbofilia
Atualmente, a estrutura está organizada da seguinte forma: possui a Federação Nacional, que rege as associações distritais, e cada associação rege os seus clubes associados e assim os clubes aos columbófilos. Possui uma bandeira oficial e nacional (figura.1).
1.3 Associação Columbófila
A Associação Columbófila é a organização que tem como objetivo saber quantos pombos voadores tem cada columbófilo, informar o columbófilo sobre qualquer assunto importante e saber quantos pombos cada associado vai inscrever para cada prova.
1.4 Colóquios
Os colóquios (fotografia.2.) são organizações em que veterinários, columbófilos e pessoas interessadas vão falar sobre o assunto mais importante: os pombos. Entre os vários temas a que tive a oportunidade de assistir, estavam as doenças, a lotação do pombal, como correu a campanha, a condução da colónia do Sol Nascente e acima de tudo que se deve vacinar os pombo. Este, entre outros, foi o assunto que teve um enorme impacto em que foi mais valorizado por todos.
1.5 Columbófilos
Os columbófilos são indivíduos que são federados no ramo da columbofilia e inscritos na Federação Portuguesa de Columbofilia. Este possui os registos dos pombos voadores e tem a máxima responsabilidade e atenção na saúde da sua colónia.
2 Base do Pombo Correio
2.1 Origem
O desporto columbófilo, como se apresenta na atualidade, teve início na Bélgica nos fins do século XIX. Este desporto teve como principal originário o pombo bravo, pela sua conformação e capacidade de regresso a um local de repouso e, posteriormente, com as características propícias a reprodução e ao desenvolvimento dos borrachos.
2.2 Características gerais
Os pombos correio têm como principais características: a apuradíssima capacidade de orientação; a visão muito aguda, chegando a alcançar graus de uma perfeição quase inaudita, a memória sobre a natureza topográfica dos lugares, a enorme resistência quando em voo, o apego ao local de nascimento (Zanoni,1982) e a vontade dos machos no regresso ao pombal pela “rivalidade” pelo ninho.
A sua velocidade máxima é de 120 a 130 Km/h, a velocidade média em corridas com algumas centenas de quilómetros é de 60 Km/h. Esta raça de pombos nunca teve grande corpulência. Segundo Petit, o peso dos bons pombos oscila de 475 a 610 gramas. O mesmo autor revela que o peso médio dos machos é cerca de 600 gramas e o das fêmeas 500 gramas.
2.3 Características psíquicas e físicas
Segundo Giuseppe Zanoni (1982), na apreciação dos pombos correio, assumem uma enorme importância as seguintes características: inteligência, vontade, dinamismo, coragem, equilíbrio, sentido de orientação, resistência à fadiga.
Tem como características de natureza morfológica e funcional:
2.3.1 Olhos
Brilhantes, vivos e curiosos (figura.2.).
2.3.2 Cabeça
Convexa, mostrando nitidamente o sexo.
2.3.3 Esqueleto
Médio pequeno.
2.3.4 Espádua
Revestida com uma boa camada de penas
2.3.5 Peito
Largo, profundo e arredondado
2.3.6 Esterno
Direito, bem musculado, relativamente curto, com bons revestimentos de penas.
2.3.7 Dorso
Curto, convexo e retilíneo.
2.3.8 Asas
Flexíveis, elásticas, o mais alto possível unidas com o tórax, com articulações fortes cujo comprimento médio é 64 cm.
2.3.9 Plumagem
Abundante, densa, lisa e macia.
2.3.10 Cauda
Curta e estreita.
2.3.11 Tarsos
Baixos, fortes e verticais.
2.3.12 Conformação
Agradável, equilibrado e harmónico.
2.3.13 Cores
Todas com predominância do azul, vermelho, baio, negro, entre outras.
3 Reprodução
“ A impossibilidade de medir a capacidade mental do pombo-correio tem sido a maior obstáculo ao progresso da sua criação.”
3.1 Qualidade dos progenitores
Para haver qualidade nos borrachos é necessário que os seus progenitores tenham marcado bem nas várias provas. Para tal acontecer com os borrachos que vão iniciar a campanha desportiva, temos que ver a sua ascendência.
A ascendência é o que influencia a qualidade dos nossos futuros voadores.
3.2 Incubação
A postura tem lugar ao fim da tarde. O primeiro ovo é posto cerca de 10 dias após a constituição do casal e o segundo, 2 dias após o primeiro. O choco tem início após a deposição do segundo ovo. A fêmea aquece os ovos à temperatura de 36 a 37ºC e é um fator determinante para o começo da vida no interior do ovo. A fêmea permanece mais tempo no ninho e o macho menos (Zanoni,1982).
3.3 Nascimento dos borrachos
A incubação começa a partir da postura do segundo ovo e a sua duração, dependendo da temperatura, é de 17 a 18 dias. Os borrachos nascem com intervalo de algumas horas. São muito fracos, estão cobertos com uma penugem amarela e olhos fechados, que abrem ao 6ºdia de idade. Durante este período, são alimentados com a papa leitosa que é regurgitada pelos progenitores. O mecanismo da produção dessa papa está em condições de a fornecer a partir do 17ºdia de incubação (Zanoni,1982).
A partir dos dez dias, a alimentação dos borrachos começa a ser à base de grãos. A partir daí, o crescimento é precoce, desenvolvendo as penas. Às três semanas, alimentam-se sozinhos. A cor definitiva do pombo adulto pode ser conhecida através da sua natureza e da coloração dessa primeira penugem:
Penugem branca leitosa e densa origina nos adultos a coloração cinza ou negra.
Penugem mais curta e amarela origina nos adultos um manto branco ou vermelho.
Penugem rala origina nos adultos coloração isabel ou fulva.
Penugem lisa, adultos com plumagem amarela ou cor de camurça.
3.4 Desenvolvimento dos Borrachos
O pombo-correio ocupa uma posição muito especial em virtude da rapidez do seu crescimento, de facto, em somente 48 horas, pode duplicar o seu peso à nascença.
A análise à “papa leitosa” do pombo parece confirmar a teoria segundo a qual a rapidez do crescimento está em relação direta com a percentagem de proteínas no concentrado.
3.5 Crises e Crescimento dos Borrachos
Se não tiver lugar a saída da papa leitosa, isto é, se este alimento de elevado valor nutritivo não realizar a sua função nutritiva natural, esse facto pode provocar graves perturbações, chegando mesmo a originar infeções no papo e, posteriormente, a morte.
Os borrachos estão sujeitos a duas crises que em condições normais, superam com facilidade:
1ªCrise: G.Malagoli (1984) chamou-lhe “desmame” e ocorre quando estes passam da alimentação “láctea” papa a mistura de cereais.
2ªCrise: Dá-se quando os progenitores cessam definitivamente o fornecimento da alimentação.
Em condições normais os borrachos abandonam o ninho cerca do 25º dia de idade, ou seja, antes de se tornarem completamente independentes na ingestão dos alimentos, o que só sucede quando atingem um mês de vida; por sua vez, aos 30 dias de idade, o borracho já quintuplicou o seu peso à saída do ovo.
Em virtude deste ritmo muito acelerado de crescimento os borrachos necessitam de quantidades cada vez maiores de alimento o que os obriga a dirigirem-se sempre com grande ansiedade para os progenitores os quais, por sua vez, já estão ocupados na nova incubação. Os progenitores estão num período difícil pois necessitam não só de recuperar energias, mas também de provocar a secreção da papa necessária para os borrachos.
3.6 Colocação das anilhas nos borrachos
Os borrachos devem ser anilhados dos 8 a 11 dias de idade. As anilhas podem sair se forem aplicadas mais cedo. Pelo contrário, se a aplicação tiver lugar mais tarde, tornar-se-á difícil e, não é raro, é necessário recorrer-se ao uso de gordura ou vaselina. (Zanoni,1982)
A anilha deve rodear o tarso acima do polegar, pode ser colocada numa das patas, de modo a que seja fácil a sua leitura quando o borracho se encontra de pé. A anilha de alumínio contém o número de identificação da ave e a indicação do ano de emissão, a sua nacionalidade e o nome do columbófilo. (Zanoni,1982)
As anilhas são fornecidas aos seus associados pelas próprias Associações Columbófilas.
3.7 O primeiro voo dos borrachos
O primeiro voo do borracho constitui um momento particularmente perigoso. Durante alguns dias, a ave prestes a lançar-se do pombal, coloca-se na parte da frente do ninho e, depois de olhar à sua volta, regressa prudentemente para o fundo deste. (Zanoni,1982)
Algum tempo mais tarde, adquire maior ousadia e dirige-se para a plataforma do ninho preferindo o voo. Um método fácil, com o qual Vilaine está de acordo com base em experiências efetuados durante anos, consiste em colocar no chão os borrachos antes de atingirem a idade de poderem voar. Caso não consigam fugir para o exterior, acabarão por a ser torturados pelos restantes borrachos.
3.8 Manifestações dos sexos
Aos três meses de idade começa a manifestação dos sexos e a diferenciação sexual nos borrachos, especialmente nos borrachos machos.
Para se evitar que os borrachos se reproduzam antes de terem atingido a fase mais indicada, isto é demasiado cedo, é aconselhável separá-los logo após se consiga distinguir o sexo de cada um.
3.9 Seleção
É essencial compreender que a variação da seleção é a chave para qualquer criação progressiva e que o sucesso da seleção é extremamente dependente de escolhermos alguns traços. Mais rápido e progressivo, é aplicar menos traços.
A seleção, verdadeira forma modeladora da matéria viva, não é mais do que a escolha racional de determinados indivíduos destinados ao desempenho de voadores e, posteriormente, reprodutores. Os borrachos favoráveis são submetidos a análise e ao controlo do ambiente, são conservados e acumulados, enquanto os desfavoráveis são eliminados sem piedade.
3.10 A vigilância dos ninhos
Para se obter o sucesso da colónia, é indispensável que os ninhos sejam mantidos sobre a cuidadosa vigilância do columbófilo assim como a dos reprodutores.
Após terem decorrido sete a oito dias de incubação, os ovos férteis apresentam-se “claros”, isto são translúcidos quando colocados em frente de uma fonte luminosa, característica que os distingue do embrião morto o qual revela uma cor de chumbo. Para se proceder devidamente a esta inspeção e obter as informações, é necessário utilizar um ramo para erguer a fêmea, visto esta estar mais tempo no ninho para, ver os ovos.
3.11 O acasalamento
O acasalamento pode ser natural, voluntário ou ainda forçado. Nesta altura, deve-se ter o máximo de descrição e cuidado. Os sintomas a seguir são úteis para o columbófilo dado que lhe permite saber com segurança se a parelha está ou não formada:
- A procura do local para a nidificação sobretudo acompanhada de frequentes bicadas;
- O macho monta a fêmea;
- O macho e a fêmea regurgitam-se mutuamente.
3.12 A criação
Está provado que, para a conservação dos pombos em boas condições, e tê-los em boa forma no momento do concurso, o que realmente interessa é que as aves se encontrem em perfeita saúde, que beneficiem das melhores condições higiénicas e tenham, de maneira racional, a sua alimentação logo após o treino ou concurso.
O que se pretende, é a necessidade absoluta dos columbófilos proporcionar em aos reprodutores uma criação adequada dos borrachos, com a possível vigilância.
3.13 Separação dos sexos ou Viuvez de Inverno
Alguns columbófilos não praticam este conteúdo uma vez que têm machos e fêmeas juntas durante a reprodução das aves, no inverno.
Vantagens:
- Simplicidade e redução de trabalho;
- Nenhuma morte de recém-nascidos devido ao frio;
- As fêmeas iniciam a postura quase ao mesmo tempo, o que facilita a tarefa de substituição de ovos partidos.
Desvantagens:
- A separação não influencia a muda nem a saúde dos pombos;
- Existe o perigo de que as fêmeas acasalem entre si.
A duração do período de separação, ou viuvez de Inverno, depende da localização geográfica do pombal e do clima. A separação pode começar em setembro ou outubro, e o reacasalamento ocorre durante os finais de fevereiro ou princípios de março.
Os machos são deixados na parte do pombal reservada à reprodução, para que possam defender o ninho, que veem a sua presença e pelo qual estão dispostos a combater.
3.14 O início de vida
A vida de cada borracho é produzida quando o espermatozóide do macho penetra num óvulo da fêmea. Cada um destes gâmetas progenitores contém um número fixo de cromossomas.
Quando se unem, originam um ovo ou zigoto, com a dotação completa de cromossomas. Completas, mas diferentes dos progenitores, de certa forma dado caráter e resultado da conceção que herdam dos pais.
As diretrizes de cada um dos progenitores e conjugam-se de tal modo entre si que se torna difícil de conhecer com rigor qual o papel desempenhado pela parte materna ou pela paterna.
3.15 Fertilidade dos ovos
A quantidade de ovos não férteis vai aumentando com a idade dos pombos. Na sua primeira postura, as fêmeas podem produzir ovos infecundados na percentagem aproximada de 50%. Por este motivo, alguns columbófilos adotam o processo de retirar do ninho os dois primeiros ovos postos por casais que o fazem pela primeira vez.
Segundo Zanoni (1982), as primeiras causas da infecundidade são devidas á excessiva densidade de indivíduos no pombal e ao ritmo demasiadamente rápido da postura dos ovos.
4 Gestão da Colónia
4.1 Pombal
Um pombal não necessita de ser luxuoso, nem de ser uma obra-prima de arquitetura. Apenas necessita de ser funcional, ou seja, protegido do ambiente exterior, proporcionando aos pombos uma quantidade de ar fresco e principalmente protegido dos predadores (fotografia.4.).
Figura.3. O pombal dos voadores do columbófilo Sr. Hélder Galveias.
4.1.1 Condições a satisfazer
4.1.1.1 Simplicidade
Por razões de natureza económica, a exploração deve ser implantada de modo muito simples. Há vantagem em que seja baixo, o que facilita o controlo das aves, torna mais fácil a realização das operações de limpeza e a desinfeção, e a reduzindo o tempo.
4.1.1.2 Uniformidade
A igualdade no interior de cada unidade possibilita a transferência das fêmeas e dos machos.
4.1.1.3 Luz
É vantajoso que o pombal beneficie o mais possível do sol. A luz solar deve entrar nos recintos abertos, porém, as janelas devem estar viradas para o sol ou para o lado de onde soprem os ventos mais moderados.
4.1.1.4 Ar fresco
O pombal deve ser implantado num local seco. O pombo gosta de água. Basta estar atento na alegria que sentem sob as primeiras gotas de chuva ou mesmo o jato da mangueira com água, mas receia e sofre as consequências de humidade.
Os pombos desenvolvem-se e vivem em boas condições quando desfrutam de ar fresco. Em locais em que o ar não circula e se encontra mais ou menos ar viciado, sobretudo se está calor.
4.1.1.5 Defesa contra predadores
Os ratos e os predadores em geral que não tardam a fazer o seu aparecimento. A melhor defesa são as redes metálicas e o cimento.
4.1.2 Lotação do pombal
Segundo o Dr. Win Peters, o excesso de pombos no pombal é, direta ou indiretamente, a causa mais comum dos insucessos desportivos. O número de pombos no interior de cada seção nunca deve exceder os dois pombos por metro cúbico. Só em pombais com ventiladores este número pode ser ligeiramente maior. O acesso dos pombos a um treino diário no período diurno não alivia a situação de sobrelotação, uma vez que durante a noite o problema mantém-se.
4.1.3 A sobrelotação provoca:
4.1.3.1 Stress
- Os machos lutam frequentemente por um pouco de espaço/poleiro;
- As fêmeas não usufruem de um espaço sossegado para descansar;
- Falta de poleiros livres;
- Espaço insuficiente para a alimentação e abeberamento.
4.1.3.2 Pouco ar fresco
- É possivelmente o maior obstáculo para obtenção de uma boa condição física/forma;
- Consegue-se melhorar-se substancialmente a ventilação abrindo a frente do pombal, mas, com este procedimento, permitimos a entrada do vento e possivelmente de correntes de ar que podem destruir ou impedir o aparecimento da forma de ar viciado.
4.1.3.3 Aumento do contato
- Com germes e ovos de vermes caso o pombal não apresente estrados;
- Acumulação de fezes que ocorre mais rápido em pombais sobrelotados, implicando uma proliferação de bactérias, vírus e vermes resultadando no aumento progressivo de doenças.
4.1.3.4 A propagação de doenças
- A proximidade de pombos sãos com pombos doentes facilita a propagação da doença para os pombos saudáveis, uma vez que as doenças são inimigas das boas prestações desportivas.
5 Alimentação
Na columbofilia, os métodos de alimentação são muito variáveis, consoante a finalidade da prova. Aos pombos pode ser oferecido uma quantidade média de alimentos, uma ou duas vezes ao dia, quer em individual ou em comum nos comedouros.
A alimentação é uma base de grãos de leguminosas (favas e ervilhas) e cereais (trigo, cevada e milho).
5.1 Aparelho digestivo
Pela leitura de várias obras, devo referir algumas características importantes destas aves relativamente ao seu aparelho digestivo (figura.4.).
Estas animais apresentam um saco que é uma porção do esófago o qual se designa por papo, que se destina ao armazenamento temporário dos alimentos.
Não há glândulas digestivas no papo mas, nos pombos existem estruturas semelhantes que produzem substâncias nutritivas, que é designado por papa leitosa, que é um alimento natural produzido pelos dois progenitores dos borrachos.
Quanto ao proventrículo e à moela, não existem diferenças significativas das restantes aves.
O proventrículo é a parte anterior ao estômago que segrega sucos gástricos. A porção posterior é designada como moela, tem paredes espeças e tem por função triturar o alimento. Nesta, a “grit”, quando engolida, ajuda a triturar o alimento.
5.2 Nutrição
As proporções podem variar de acordo com as preferências do columbófilo e necessidades, de acordo com a atividade anual do pombo (manutenção, criação e muda). (Harper,1996).
5.3 Concentrado
O concentrado é administrado aos voadores (figura.5.) uma a duas vezes por dia, consoante o treino diário e aos reprodutores uma vez por dia.
A prática corrente durante o período desportivo é alimentar os pombos com cereais no início da semana, aumentando o valor proteico e á medida que se aproxima o dia do concurso. (Harper,1996)
Figura.5. Alimentação composta, resultado de um arraçoamento.
5.4 Água
A água é normalmente fornecida em bebedouros para os machos e fêmeas voadores e machos e fêmeas reprodutores, individualmente, para não haver o risco de patologias imprevistas.
Vários suplementos desportivos são adicionados frequentemente.
5.5 Grit
O grit, necessário para a trituração dos grãos no ventrículo, é oferecido juntamente com sais minerais.
Estes parece ser uma exigência nutricional, especialmente para pombos que não tem acesso ao exterior. (Weberm,2007).
5.6 Alimentos verdes
Alimentos verdes e proteínas animais devem ser empregues regularmente, mas o valor alimentar variará.
5.7 Alimentação para os concursos
À medida que as distâncias aumentam, também a percentagem de concentrado deve aumentar e assim se torna mais rica em hidratos de carbono, proteína vegetal e animal.
6 Treinos e Concursos
6.1 Registos
Na columbofilia, é preciso que se saliente, só é possível o acesso às provas e concursos oficiais através das associações. Na verdade, para se poderem participar em concursos oficiais, têm que se cumprir uma série de serviços, tais como possuírem anilhas oficiais da Federação Portuguesa de Columbofilia.
Para poderem participar nas provas, os pombos têm que ser também recenseados na Federação Portuguesa de Columbofilia, ato que deve ser efetuado todos os anos a todos os pombos adultos e borrachos.
6.2 Treino diário
O treino diário consiste em soltar os pombos diariamente, à mesma hora, para voar a volta do pombal e no espaço em linha reta do pombal, e também, de alguma maneira, exercitar os músculos (figura.6.).
Figura.6. Observação da chegada das fêmeas.
6.3 Treinos individuais
Os treinos individuais forçam o pombo a lutar contra um dos seus instintos mais apurados que é o voar em bando. Se executados com inteligência, é uma das importantes ferramentas que o columbófilo pode ter. O ato tem como objetivo que o pombo consiga abandonar o bando e assim os columbófilos obterão o sucesso.
6.4 Ensino, forma e rendimento
Giuseppe Zanoni diz que, desde o seu nascimento, o pombo possui um aparelho, funcionando em íntima relação com luzes que percorrem o céu. O sentido de orientação dos pombos é muito apurado o que lhe permite ganhar pontos de referência a partir dos treinos. Temos como principal objetivo que o pombo esteja abecto a seguir aquela linha.
As largadas têm início com alguns exemplares de um ou mais pombais do distrito, para que numa etapa posterior se formem um bando de cada pombal e assim chegarem aos pombais de origem. É de todo o interesse para a educação do borracho, e para a nossa educação seletiva.
É fundamental que o pombo não seja gordo para não transportar ou deslocar uma carga indesejável. Os pombos e os borrachos são soltos repetidamente no mesmo local até atingirem menos tempo de distância entre o local da largada e o pombal de origem.
6.5 Viuvez desportiva
A viuvez desportiva tem como principal objetivo separar os machos voadores e as fêmeas voadoras, o que determina que estes não se reproduzam e assim chegar rapidamente ao pombal.
As vantagens deste método são:
- Os machos e as fêmeas ficam em forma ao mesmo tempo;
- Excelentes resultados no campo desportivo;
- Menor número de exemplares.
Os inconvenientes deste método são:
- Segundo pombal para as fêmeas;
- Disponibilidade de maneio regular;
- Limpeza e desinfeção de um segundo pombal.
6.6 Metrologia
A metrologia é a principal influência do estado imunitário e do campo visual do pombo.
- Com o sol, esta é a altura perfeita para a solta, mas não convém soltar com temperaturas acima dos 27ºC. Assim, os columbófilos ficam preocupados.
- Com o céu nublado, os pombos andam perdidos não sabem muito bem onde têm que voar numa camada mais acima da atmosfera para encontrar o sol e assim, marcar no concurso. Com este tempo, os pombos aparecem com farturas ou cortes.
- Chuva, este é um fator que tal como o nevoeiro que são terríveis para a sua orientação e capacidade motora. De certa forma, se ficarem molhados, ficam em más condições físicas.
6.7 Competição
A competição tem início dia 5 de fevereiro e terminará a 25 de junho como determina a Federação Portuguesa de Columbofilia. Porém existem três categorias de provas que os pombos vão fazer, e que são: a velocidade que vão percorrer 250 Km; o meio fundo que é a partir dos 500km; e o fundo que é até 500km. Para tal é necessário fazer o treino diário frequente e assim saber agarrá-los de maneira correta para não causar quaisquer danos e assim manter a calma dentro do pombal.
6.7.1 Colocação dos Chips nos borrachos
A colocação dos chips deve ter lugar antes da campanha desportiva. A colocação do chip deve ser aplicada, no lado esquerdo do tarso do pombo. Nessa altura também se tem em conta o total de pombos voadores e, de alguma forma a verificar se perdeu algum pombo em algum treino.
6.7.2 Como agarrar os pombos para a colocação dentro do cesto
É muito importante saber-se como capturar e segurar corretamente um pombo. Este ato assume grande importância e torna-se bastante delicado quando se pretende agarrar a ave no regresso de um treino ou para introduzir em gaiolas ou mesmo em cestos destinados ao transporte para concursos de voo ou exposições. Deve-se agir com a máxima calma para não excitar ou assustar os pombos para não causar danos.
Com alguma frequência alguns columbófilos ou pessoas inexperientes mantém-nos durante muito tempo agarrados nas mãos e os submetem muitas vezes com os dedos, pressão essa que chega a dificultar a respiração do pombo.
Há quem atue com brutalidade, mas o importante é atuar com a máxima suavidade, evitando a todo o custo as intervenções bruscas. Mesmo quando se procede à solta ou à introdução do pombo no cesto, é necessário usar movimentos lentos que não assustem nem desassosseguem as aves. As aves devem permanecer dóceis e tranquilas quando estejam frente aos juízes dos concursos ou mesmo perante os visitantes das exposições em que andam sem parar.
6.7.3 Encestamento
O encestamento requer que o columbófilo esteja calmo e não quer esteja ansioso, o que dificulta este processo. Para tal, este processo tão cuidadoso, é necessário que os cestos estejam devidamente higienizados para a colocação das aves, depois é só começar a apanhá-los de forma correta para não causar quaisquer danos aos pombos. Movimentos lentos e calmos são ótimos para o sucesso (figura.7.).
Figura.7. Pombos encestados
6.7.4 Concursos
- Velocidade
Esta prova consiste, que desde do local da solta até ao pombal de origem. a distância seja +/- 250 km.
Em velocidade, qualquer pombo pode marcar, para tal tem que possuir qualidades que nenhum pombo de fantasia é capaz de possuir. Temos então um ótimo sentido de orientação, serem bastantes rápidos e eficazes quanto à sua asa em “décalage”.
A sua alimentação para esta prova tão rápida tem que ser um concentrado, tem de conter muitos hidratos de carbono e assim como proteínas.
- Meio Fundo
Esta prova consiste que desde do local da solta até ao pombal de origem, a distância seja até 500 km.
No meio fundo os pombos têm que possuir um sentido de orientação extremamente apurado e uma asa bem arejada, o que a leva a “remar” num voo mais aberto.
A alimentação desta ave durante esta prova é proteína e hidratos de carbono em menor quantidade.
- Fundo
Esta prova consiste que desde do local da solta até ao pombal de origem, a distância seja superior a 500 km.
No fundo, os pombos têm que possuir as seguintes qualidades: um sentido de orientação apurado, rapidez e a asa em “décalage” assim como a velocidade.
Esta competição desportiva entra num género de competição especial, porque são chamadas as “provas de verdade” pelo simples facto de que todo o pombo que nela participa normalmente está em pé de igualdade com os melhores. Assim, sendo é encestado.
Para vencer as longas distâncias, é necessário que o pombo esteja a “transbordar” de hidratos de carbono e proteínas. Assim de uma maneira geral, as suas “reservas”. Também há que ter em conta o excesso de alimento dado ao pombo.
6.7.5 Chegada de concursos
Na chegada de concursos, o columbófilo não sabe a que horas chegam os pombos. A chegada é muito importante, para saber se eles estão em bom estado de saúde tanto físico como psíquico e se destacaram nas provas. Uma vez chegados, fornecendo aos pombos uma alimentação tipo guloseima uma vez que estes vêm famintos, porque gastaram as suas energias durante a viagem tão atribulada como longa. Caso algum pombo apresente alguma fartura, é necessário recorrer a um veterinário, mas se for caso que se possa ser tratado no pombal, é lá tratado com o material indicado e esterilizado.
Também há que ter em atenção se vem “atrelado” um pombo de outro columbófilo. Neste caso será prudente e necessário separá-lo rapidamente dos restantes uma vez que este pombo pode não estar vacinado ou mesmo desparasitado e assim deve-se atuar o mais precocemente possível e comunicar à Federação Portuguesa de Columbofilia através da participação do pombo. Para isso o columbófilo tem que dar o seu nome, a morada onde se encontra a ave, código postal e o número da anilha oficial do pombo, como o seu número de Licença desportiva.
6.7.6 Características dos pombos em bom estado de saúde
Olhos brilhantes e não aquosos ou cremosos. Fossas nasais abertas e desentupidas e não obstruídas ou cheias de líquidos gelatinosos.
O bico será robusto na extremidade. Abrindo-o, o interior da boca deve-se apresentar-se com coloração viva e não apresentar cheiros desagradáveis.
A auscultação atenta não deve revelar uma respiração ruidosa.
É essencial que as penas apresentem colorações o mais brilhantes possível e estejam bem cingidas ao corpo, dando a aparência de uma ótima saúde.
6.7.7 A inteligência
Os pombos revelam um certo nível de inteligência entendida no sentido mais rigoroso da palavra, facto que leva a supor a existência de uma certa flexibilidade mental.
Graças a ela, pode modificar-se pela aprendizagem o comportamento instintivo, adaptando-o à experiência adquirida no decurso do ensino.
Que os pombos são dotados de um certo grau de inteligência, é um facto já demonstrado por numerosos exemplos.
7 Doenças e Higiene
Como qualquer ser vivo, o pombo, apesar da sua rusticidade, está sujeito a determinadas doenças (fotografia.8.).
No entanto, quanto o bando aumenta, em virtude de se tornar um maior número de aves, tem como consequência o espaço insuficiente e posteriormente um elevado contágio patológico.
O diagnóstico precoce de uma infeção é muito importante para o controlo da doença.
Para se proceder ao exame clínico de um pombo, começa-se por segurá-lo corretamente na mão e efetuar a inspeção da cavidade faríngea, a palpação da traqueia e do abdómen.
Em seguida, na jaula ou em conjunto com os restantes pombos, examina-se o ambiente e os restantes pombos, examina-se o ambiente e os excrementos.
As primeiras normas de procedimento geral a adotar são as seguintes:
- Desinfeções e desinfestações periódicas;
- Destruição de animais parasitados, dos excrementos e de qualquer outro material dos animais atingidos por doenças infeciosas;
- Isolamento dos animais atingidos por doenças infeciosas;
- Combate aos parasitas.
Figura.8. Limpeza e desinfeção têm que ser adequada para obter o sucesso.
O pombo doente perde a vivacidade habitual, não come ou fá-lo com irregularidade, razão porque o papo se encontra quase sempre vazio, as penas ficam eriçadas e perdem o brilho.
As fezes dos pombos sãos apresentam-se sólidas, bem consistentes e com uma pena chamada duvet.
7.1 Zoonoses
Os pombos transmitem doenças de carácter alérgico, fungos, bactérias, insetos e ácaros.
Entre essas doenças estão a criptococose, a histoplasmose, a clamidiose, a psitacocose, as dermatites causadas por ácaros e piolhos, a salmonelose, a gripe aviária e a meningite.
A criptococose, que traz problemas respiratórios e meningite, é causada por um fungo presente nas fezes de pombos. Ela é a mais grave destas zoonoses, chega a 30% de mortalidade em casos descobertos tardiamente. (Indá, 2012)
7.2 Tricomoníase
A análise da mucosidade do fundo da garganta, através do exame ao microscópio, permite determinar a presença das tricomonas. A pesquisa ao microscópio deve ser efetuada nos três minutos que se seguem à colheita, sob pena de inativação das tricomonas, o que as tornará praticamente indetermináveis. Como é evidente, isto obriga a que a recolha se efetue com o pombo vivo.
Nos pombos jovens, a transmissão realiza-se principalmente pela via digestiva (borrachos em período de aleitamento), sendo também possível a via umbilical.
Os borrachos, desde o nascimento até ao 3º mês de vida, são os mais afetados.
7.2.1 Sintomas
Os sintomas aparecem normalmente cerca do décimo dia. As fezes tornam-se líquidas, verifica-se um emagrecimento precoce e o aparecimento dos pontos amarelos no bico, palato e na fase interna das faces.
Estes pontos podem confluir em massas sólidas que dificultam ou impedem a deglutição ou mesmo a respiração, originando a morte. A proliferação das tricomonas pode igualmente verificar-se a nível do fígado, com o aparecimento de nódulos amarelos.
O aparecimento de nódulos podem igualmente verificar-se a nível do intestino ou na região umbilical.
Nos pombos adultos, um dos primeiros sintomas consiste no aumento da produção de mucosidade que, ao alojar-se na parede posterior da garganta, dificulta a respiração.
7.2.2 Tratamento
Tendo em conta a existência quase permanente de tricomonas no pombal é prudente efetuar pelo menos dois tratamentos de prevenção durante um ano: uma na primeira e o segundo antes ou logo após a grande muda.
Deve-se efetuar o tratamento durante a primeira metade do período de choco. Tem a vantagem de permitir que os progenitores estejam isentos de tricomonas durante o período de aleitamento dos borrachos.
É necessária uma utilização regular de um concentrado polivitamínico, Floratonyl, como estrato de fígado, ao contribuir para a redução das quebras de stress, aumenta a resistência dos pombos a esta doença. Para o tratamento curativo, devemos empregar a mesma concentração mas durante sete dias.
7.3 Salmonelas
Tendo como principal organismo responsável uma salmonela (salmonela tyhimurium), a paratifose é uma doença bacteriana muito frequente, propagando-se principalmente por via digestiva através da ingestão de alimentos contaminados (normalmente por fezes de animais doentes ou ratos).
A infeção do aparelho reprodutor das fêmeas ou contaminação pelas fezes na altura da postura está na origem das infeções neonatais.
7.3.1 Sintomas
A diversidade de sintomas observados resulta nas múltiplas possibilidades de localização das bactérias ingeridas as quais, uma vez introduzidas na circulação sanguínea, podem atingir numerosas zonas no organismo onde se multiplicam, dando origem a focos de necrose no fígado, na parede intestinal, nos rins, nos músculos e nos pulmões.
A forma intestinal como diarreia, emagrecimento rápido, sede intensa e perca de apetite, é responsável nos borrachos, por uma elevada mortalidade.
Apresentando uma especial afinidade com as células dos órgãos reprodutores, a salmonelose pode provocar a esterilidade no macho ou na fêmea.
No caso da fêmea, existe uma infeção dos ovários. As salmonelas podem atingir o embrião provocando a sua morte, (ovos negros).
7.3.2 Tratamento
O tratamento tem por objetivo a eliminação de maior quantidade possível de salmonelas presentes. Contudo lembremo-nos de que algumas lesões serão irreversíveis (articulação da asa ou pata, testículos ou ovários, entre outras) em virtude da destruição tecidular irreparável, o que conduz à necessidade de efetuar uma seleção criteriosa dos efeitos após o tratamento, de forma a afastar (eliminar) os indivíduos irrecuperáveis ou de risco.
Tratamento curativo: preconiza-se a utilização de uma associação de princípios ativos (sulfadimetoxina + trimetoprim) na posologia de uma colher das de chá por litro de água de bebida, durante 10 dias consecutivos.
Nos casos graves, este tratamento deve ser retomado durante mais 5 dias, apos 15 dias de intervalo.
A administração de Floratonyl com extrato de fígado, na posologia de 20 gotas por água de bebida, durante todo o tratamento, favorece assim uma rápida recuperação.
7.4 Poquettes ou Varíolas
A varíola, doença causada pelo vírus, pode apresentar-se sob a forma cutânea ou diftérica.
Esta doença aparece com maior frequência entre os finais do mês de julho e do mês de setembro e transmite-se unicamente por contacto direto, com alguma frequência nos locais da largada.
7.4.1 Sintomas
A forma cutânea, é caracterizada pelo aparecimento das chamadas “poquettes”, que mais não são do que ampolas cutâneas de aspecto verrugoso. Aparecem nas zonas de menos densidade de plumagem, principalmente ao nível da cabeça, mas também ao nível do externo e das patas.
A forma difteria traduz-se pelo aparecimento de falsas membranas sobre a face interna do bico, e da base da língua, que exalam um dar nauseabundo.
A proliferação destas falsas membranas pode provocar a interrupção das funções digestivas, levando à morte por inanição.
7.4.2 Tratamento
Caso não se tenha feito e a doença se declare, então saiba-se que não existe qualquer medicamento que atue diretamente sobre o vírus e, por isso, o único tratamento aplicável é de caracter sintomático ou seja destina-se a tratar os efeitos nefastos resultantes da presença do vírus.
As lesões, após remoção das pseudomembranas na forma difteria, ou das “poquettes” na forma cutânea, deverão ser tratados diariamente com C.A.P Gotas.
7.5 Vias Respiratórias
Isto é um problema que impede o pombo de respirar de forma homogénea, ou seja regular, de maneira em que não afete os sacos respiratórios da ave.
De certa maneira, o pombo que se apresente com este problema deve ser tratado rapidamente.
7.5.1 Sintomas
- Respiração ofegante devido as poeiras;
- Voar com o bico aberto;
7.5.2 Tratamento
No tratamento é aconselhável melhorar a ventilação do pombal.
7.6 Probióticos
Os probióticos, tal como o nome indica são microrganismos vivos que ajudam a melhorar o organismo que atua sobre o sistema imunitário do pombo que lhe dá de certa forma algum conforto e prevenção de certas patologias.
7.7 O Banho
Como aves sexuadas, os pombos gostam de água e manifestam vivamente o desejo de tomar banho, basta ouvirem os primeiros jatos de água a cair na banheira.
Por esta razão, nos pombais sem acesso ao exterior, é necessário possibilitar os pombos de se banhar o que revela um estado de saúde eficaz. Pombos que não tenham essa apetência têm que se ter a máxima atenção porque pode estar com alguma patologia.
O banho é-lhes facultado um dia antes da prova no caso dos voadores, e nos reprodutores para manutenção das penas.
A água destinada ao banho deve estar à temperatura ambiente, com vinagre e pó talco. Também o banho não deve ser feito durante a tarde visto que estes durante a noite têm dificuldade em enxugar.
III. Material e Métodos
3.1 Observação e dados
3.1.1 Formulações específicas
Nós dispúnhamos de muitas formulações para alimentar os nossos animais (fotografia.2.) e tínhamos que saber quais as necessidades das aves devido às suas fases de desenvolvimento, ou as necessidades funcionais de competição.
Como se pode observar na fotografia n.º3,deve haver uma grande variedade de formulações de alimento completo uma vez que as necessidades dos animais são variáveis, devido às exigências dos concursos, que é grande uma vez que se procura o sucesso.
Os alimentos referidos na fotografia nº3 servem como alimento completo em determinadas situações. Porém, noutras situações, temos que preparar o alimento composto de acordo com as necessidades com que nos deparamos.
Nestas situações recorremos aos adquiridos no mercado cujos exemplos podem ser observados na fotografia. Assim, podemos obter a alimentação completa por mistura das referidas formulações.
3.1.2 Reprodução
Nós dispúnhamos de um pombal para a reprodução que estava dividido em dois: do lado direito as fêmeas reprodutoras e do lado esquerdo os machos, com magníficos exemplares (fotografia.11.). Durante o meu período de estágio não havia borrachos visto não ser a altura indicada para tal a época de reprodução que começa em junho até começar novamente a competição.
3.1.3 Treinos e Concursos
Os treinos diários (fotografia.7. e fotografia.8.) consistiam em abrir os estores primeiro das fêmeas, sempre à mesma hora. Enquanto estas voavam, fechávamos rapidamente os estores, limpávamos e desinfetávamos o pombal de reprodução e o pombal das fêmeas voadoras (fotografia.5.). Quando estes terminavam o treino era-lhes fornecida a ração anteriormente já elaborada e eram fechados os estores do pombal de chegada (fotografia.9.e fotografia.10.). De seguida eram soltos os machos (fotografia.4. e fotografia.6.). Enquanto estes permaneciam no ar, nós alimentávamos os reprodutores (fotografia.23.), preparávamos a alimentação dos machos voadores e limpávamos e desinfetávamos. Mal acabava o treino dos machos, fechávamos os estores e era-lhes dado o alimento.
3.1.4 Encestamento
No encestamento (fotografia.17.) tive a oportunidade de encestar, é uma operação que requer muita atenção do recetor e do columbófilo. Tive também a ensejo de comparar os quatro tipos de relógios (fotografia.14.) e também de verificar se o número da anilha estava certo com o do relógio (fotografia.15.). Também ouve pombos com um método antigo de anilhamento (fotografia.16.) visto o columbófilo não possuir chip.
Depois do encestamento os pombos foram transportados numa carrinha não específica (fotografia.19.), de seguida eu e uns columbófilos ajudávamos a descarregar os cestos que foram na outra prova (fotografia.21.), posteriormente o camião específico de transporte dos pombos (fotografia.20.) apresentava-se em ótimas condições interiores (fotografia.18.) e exterior.
3.1.5 Doenças e Higiene
No caso da higiene, todos os pombais eram limpos e desinfetados todos os dias, de manhã ambos os pombais eram limpos com uma espátula e uma vassoura pequena e posteriormente desinfetados com uma pequena percentagem de creolina, uma porção de lixivia, uma porção de detergente da loiça e água. No período da tarde, só os pombais dos voadores eram limpos e desinfetados com o mesmo material. As fezes das aves tanto nos poleiros (fotografia.24.) como nos estrados (fotografia.22.) apresentavam-se bem formuladas.
Tivemos um caso esporádico de um pombo com uma fratura exposta (fotografia.26.), houve o cuidado de interferir rapidamente com o tratamento curativo (fotografia.27.), para tal teve que haver uma rapidez para se executar a cirurgia (fotografia.28.).
Ao longo do período de estágio tive a oportunidade de efetuar inúmeras observações para tal tive o cuidado de agarrar bem cada pombo (fotografia.13.): a observação das asas (fotografia.12.), o visionamento da cavidade oral (fotografia.25.) e apreciação do estado corporal (fotografia.29). Também se pode ver através dos olhos de o pombo é bom ou não, o pombo que apresenta a íris clara é sinal que temos um futuro campeão (fotografia.1.).
3.1.6 Identificação
A identificação dos pombos era feita de três processos, todos eles eram de fácil aplicação: as anilhas oficiais, as anilhas de marcação e as anilhas com chip.
As anilhas oficiais foram aplicadas em borrachos. Na sua colocação tive o cuidado de introduzir, primeiramente os três dedos da frente e só depois o polegar, que se situa na parte de trás, em posição oposta aos três dianteiros.
As anilhas de marcação são frequentemente empregues nos casais reprodutores escolhendo a mesma cor para cada casal. Também são aplicadas nos concursos para saber quais os pombos que participaram na velocidade, no meio-fundo e no fundo. O seu modo de aplicação é muito simples relativamente às oficiais uma vez que é só abrir a anilha e colocar no tarso da ave.
As anilhas com chip são aplicadas tanto em borrachos como em adultos voadores, nestes tanto se pode usar para machos como para as fêmeas. A aplicação faz-se utilizando a mesma técnica que se utiliza para as anilhas de marcação, porém as de marcação ficam diferentes porque não têm número, enquanto as de chip permitem uma leitura fácil e eficaz quando o animal pisa o patim.
Ao iniciei o meu estágio já estavam formados dois grupos de pombos para a campanha desportiva que se iria iniciar. Com forme se pode confirmar no gráfico da figura 4, disponhamos de um pombal com 117 pombos voadores e 43 pombos reprodutores, com o predomínio de fêmeas. A principal razão para que haja mais fêmeas deve-se a necessidade de adoção de algumas crias, e nestes casos a nos sabemos que a fêmea apresenta vantagens.
O grupo de reprodução tinha 20 machos e 23 fêmeas separados. No grupo de desporto disponhamos de dois bandos: o dos machos e o das fêmeas.
Disponhamos de técnicas de maneio diferente em cada pombal. Nessas técnicas eram fundamentalmente a alimentação, o grupo das patologias e a gestão da colónia.
IV. Resultados
4.1Mortalidade
Durante o período do meu estágio, tanto na seção de reprodução como na seção desportiva não houve qualquer tipo de ocorrências de mortalidade.
4.2Apreciação corporal
No decorrer do meu estágio tive a oportunidade de apreciar a condição corporal de vários pombos, cujo externo (quilha) apresentava-se em boas condições musculares.
4.3Ocorrência de doenças e tratamento
Quanto a circunstância de doenças, em análise às fezes dos voadores houve a ocorrência de vermes. Uma vez que foram encontrados estes parasitas, houve logo o principal cuidado para o tratamento destes ser vivos patogénicos.
4.4 Resultados dos concursos
O meu orientador da empresa o Sr. Vítor Tirano teve o privilégio de estar em terceiro lugar no concurso de velocidade, no meio fundo em terceiro, no fundo em quinto, e na geral em terceiro, da sua coletividade.
V. Discussão dos resultados
Em relação a mortalidade dos pombos anteriormente escrita nos resultados, pode verificar e analisar que não havia qualquer tipo de sintoma patológico propício à mortalidade, posto isto conclui que o local onde estagiei é um sítio muito controlado por parte do Sr. Vítor Tirano, proporcionando às suas aves uma alimentação cuidadosa, uma higiene e segurança adequadas e um maneio diário regular.
Na apreciação dos pombos correio, tive a ocasião de avaliar e examinar o esterno (quilha) de inúmeros pombos, para concluir os pombos que averiguei possuíam todos uns bons músculos, visto terem uma ótima alimentação e exercício físico regularmente duas vezes por dia através do treino diário.
No domínio da situação de doenças, com o aparecimento daqueles vermes nas fezes das aves, devo salientar que nós começamos de imediato para resolução do problema, concebendo-lhes C.A.P Gotas para Pombos Correio, por sua vez lhes dado esperou-se pela reação das aves ao medicamento, não prejudicando os treinos e posteriormente os concursos, passado algum tempo foi feito uma nova análise aos excrementos e desta vez não havia qualquer parasita interno.
Para finalizar com os resultados dos concursos do Sr. Vítor, pode concluir que houve um grande esforço, dedicação e engenho. A que ponderar que houve sempre o máximo de cuidado na nutrição dos pombos, uma profilaxia indicada para cada patologia que pontualmente poderia aparecer, como uma seleção dos exemplares reprodutores assim como voadores e para a limpeza e desinfeção de cada pombal. No que diz respeito à nossa segurança vestíamos uma bata para os pombos saberem que nós somos a “segurança” deles não só como também proteger as pessoas alérgicas do pó do pombo, era utilizado também um chapéu por ter a mesma finalidade que a bata e posteriormente usávamos outro calçado para que o nosso não fosse um veículo de transmissão para o pombal. Conclui que para uma boa gestão do pombal é necessário reduzir o número de pombos para que haja sucesso contínuo, fazer uma seleção prévia dos futuros reprodutores e posteriormente dos seus borrachos.
VI. Conclusão
Este estágio, foi muito útil e esclarecedor não só no que diz respeito ao maneio diário, mas também a nutrição e à reprodução.
Tive a oportunidade de participar ativamente num colóquio devidamente apoiado pelo meu orientador de estágio e de fazer treinos magníficos pelas aldeias do nosso país se não me tivesse inserido no sistema desportivo.
Foi uma experiência muito abrangente, onde tive o privilégio de participar no encestamento, no carregamento dos pombos e em várias discussões com vários columbófilos.
O sucesso do meu trabalho foi possível graças a minha determinação de trabalhar em equipa e à boa colaboração e ajuda dos columbófilos, nomeadamente o Sr. Vítor Tirano, e sinto que sozinho seria impossível tirar tanto proveito da minha PAP.
VII. Bibliografia
Bibliografia
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Cunha B., Medicina e cirurgia de animais exóticos– A medicina desportiva em columbofilia, Porto 2010
Indá, F., CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DE FLORIANÓPOLIS. Vigilância e Controle de Pombos,2012.
Peters,W., Nascido para Vencer, Edição Portuguesa, África do Sul, 2006
Stevent, Num voo de pombos, Mundo Columbófilo, 1980
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Webgrafia
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