António Pedro & Telmo Pedro – Campeões Nacionais Velocidade 2018
António Pedro & Telmo Pedro, campeões nacionais de velocidade em 2018, sendo que este resultado é apenas a cereja no topo do bolo, porque nesta mesma época conseguiram a nível nacional obter os seguintes resultados: 3º no Campeonato de Meio Fundo e 5º no campeonato de Fundo… um sonho tornado realidade…é um momento fantástico na vida destes grandes columbófilos…
Tudo começou em 1952 a 500 metros do espaço onde se encontram as actuais instalações, António Pedro iniciou a sua pratica columbófila. O seu pai não tinha pombos correio, tinha apenas vulgares, mas o António começou a eliminar estes para ficar apenas com os correios. Actualmente tem 79 anos mas na altura era um moço novo com apenas 12 anos. Concorreu o primeiro ano em 1953 e toda a vida teve pombos sem qualquer interrupção. O primeiro titulo apareceu quase de imediato com a conquista em 1955 do campeonato de velocidade, era um rapazote e começou a ganhar os primeiros lugares de fundo logo com 14 anos. Em poucas épocas venceu a exposição distrital com o 1º de excelência. Silva Ferreira e José Maria da silva que classificaram os pombos nesse evento desportivo eram os ícones na altura e para um jovem conviver e receber de suas mãos esse titulo deixou marcas ao longo dos tempos até aos dias de hoje.
Vista Pombais de competição
Os primeiros pombos vieram de uma casa conceituada, de Emidio Rodrigues, pai de Manuel Rodrigues, que lhe arranjou uns ovos que foram chocados nos pombos que já tinha e começou assim, eram outros tempos, altura de columbofilos como, Manuel Almeida, altura dos Simons etc etc. Estes primeiros pombos segundo informações do velho Rodrigues, eram dos “penas brancas” do Álvaro Silva e José Maria da Silva. Em 1960 António Pedro foi para África mas o seu irmão e o seu cunhado continuaram, na altura a sociedade chamava-ve Balico & Pedro. Quando voltou continuou sempre a concorrer nesse mesmo nome. Entretanto nasceu o Telmo, e logo foi columbófilo, em 1977 fez um pombal para ele e começou a concorrer em seu nome: Telmo Pedro. A sociedade Balico & Pedro num outro pombal continuaram a concorrer, portanto desde esse ano que concorreram com duas equipas. De um lado o pai e o tio e no outro pombal Telmo Pedro.
Esta segunda equipa foi constituída por pombos de seu pai e de alguns columbófilos locais. Sensivelmente na mesma altura, importaram alguns pombos da Bélgica, que lhes chegaram através de alguns amigos que lá estavam emigrados. Dai também tiveram muito sucesso, para completar a evolução desta equipa em termos de condutores da colónia, temos de referir desde já que o Marcelo Pedro, filho de Telmo Pedro, chega também à equipa no ano de 2010 e tem a seu cargo a equipa de borrachos, hoje tem 19 anos e revela grande apetência para cuidar dos pombos. Recentemente, terminou a equipa Balico & Pedro, e ficou apenas Telmo Pedro e o filho, sendo que o avô ainda faz uma perninha na condução da colónia.
Vista espectacular…
Os primeiros pombos que fizeram a diferença e ainda hoje existem raízes muito solidas desses deles, eram uns pombos negros com umas penas de mato, as interiores com tons de Bourdoux, chamavam lhe os “Anssenes”, cruzados com os Selles via Franklin Ferreira, na altura eram fogo na palha, autenticas maquinas a voar. Em 1979 quer num dos pombais, quer no outro, estavam consolidados estes pombos, nomeadamente na equipa do Telmo estavam 3 irmãs, todas elas com primeiros prémios e havia uma quarta irmã que fisicamente era a mais fraquinha e estava na reprodução, e dela ainda há inúmeros descendentes em Lisboa, nomeadamente no pombal de Rogério Nunes, a ganharem muito bem, têm sido uns pombos que passam as boas qualidades de geração em geração, chamávam-lhes os “Bicudos” as 4 peças eram a: Gorda (máquina de fundo), a rata de água e a 37, altura que havia 52 equipas a voar em Loures e era muito difícil ganhar ali um campeonato, homens como o Franklim e Silva Ferreira, nunca tinham perdido um titulo de especialidades e é Telmo Pedro em 1984 com um ponto de avanço com estas fêmeas que consegue a primeira vez vencer lhe.
Foi uma era especial para esta família, Loures era considerada a capital da columbofilia. Loures esteve sempre aberta ao distrito e quem queria lá ir voar… podia la ir e sempre foi assim tal como hoje em dia. Muitos anos os columbófilos nas redondezas preparavam se e quando tinham as equipas estruturadas iam a Loures tentar o titulo, nessa altura um 1º prémio num concurso eram 20 contos e havia prémios até ao 50…os tempos áureos de Loures.
Daqueles negros que já falámos como chegamos aos picarços e aos Brancos que podemos ver e manusear nestas instalações? Em 1986 mudaram-se de casa, trouxeram alguns ainda desses negros e começaram à procura de outros pombos, de outras linhas e em 1995 conheceram o grande e prestigiado columbófilo a nível mundial: Steven Van Breeman, através do seu amigo João Carlos coelho do Cadaval. Em 1996 adquiriram 4 pombos a esse senhor da columbofilia, dois deles eram Picarços, foram colocados na reprodução entretanto, depois de terem voado em grande estilo, uma vez que até tinham anilhas Portuguesas e devido aos seus excelentes resultados mudaram de estatuto e de pombal, depois cruzados com os que já estavam na casa vieram deixar marca. Esta descendência de picarços têm-se mantido ao longo de todos estes anos.
Hoje em dia nas instalações existem 4 tipo de pombos, ou 4 linhas de pombos, aos quais os columbófilos mais se debruçam na reprodução e a partir dai é introduzido anualmente sempre algum pombo em busca de alguma melhoria, mas a base são as 4 linhas.
Por exemplo e a titulo de curiosidade de uma dessas linha, a primeira geração dos pigarços, dentro do seu pombal e em ofertas a amigos foram contabilizaram até determinado momento, entre machos e fêmeas, filhos ainda dos velhos, 23 primeiros lugares.
Os pombos actuais são: Pigarços antigos do Steven, outra linha de pigarços que são de David Ribeiro linha Silver Shadow, depois os Azuis de Ad sharlakens e Kannibal, um neto consanguíneo e a linha de pombos do Arsilio de Castro de Gondomar.
Actualmente um pombo de Carvalho e Guedes também tem deixado descendência, nomeadamente no fundo, tem feito a diferença.
E são estes pombos que cruzados entre si, têm trazido a equipa até estes últimos resultados.
Para competir e andar sempre na frente é preciso ler, estudar e depois aplicar e actualmente estes sangues estão a ser cruzados, misturando todos. Os pombos actuais da equipa de competição, têm todas estas linhas introduzidas, e foi assim que conseguiram pombos que disputam os primeiros lugares de bloco e de Zona, diz-nos Telmo Pedro.
Pombal de Machos
Contam com 16 casais de reprodutores para alimentar a equipa de competição, mais alguns filhos dos melhores voadores, que também se têm revelado uma mais valia.
Guardam anualmente cerca de 70 pombos entre novos e velhos aos quais juntam os borrachos de ano, em nome do filho inscrevem cerca de 40 borrachos e na equipa principal são cerca de 70 adultos e os restantes borrachos ate perfazer o limite de 130.
Não há excesso de pombos e as instalações estão perfeitamente confortáveis para o numero de atletas existentes.
E assim fizeram uma campanha de sonho… difícil de igualar: Campeão Nacional de Velocidade, 3º Nacional de Meio Fundo e 5º Nacional de Fundo… extraordinário, diz nos António Pedro, que depois de tantos anos a limpar…uma alegria destas é fenomenal…agora com 79 anos é um excelente prémio. Ficar nos 5 primeiros na especialidades todas do campeonato nacional… é obra.
Não há campeões sem sorte, mas esforçaram se muito para isso e arriscaram e jogaram os melhores e alguns ficaram lá, 4 maquinas, ficaram pelo caminho… ficaram no combate durante a época. A equipa não era grande e os mesmos pombos fizeram o campeonato todo de velocidade e meio fundo, com pombos encestados 12 vezes e com 11 marcações e os de fundo os mesmos atletas a fazerem os 6 concursos, alguns não aguentaram e perderam se em combate.
A selecção aqui é apertada, alguns que marcam apenas uma vez à cabeça, não interessam, muito menos atletas com classificações entre o 15º e o 40º estes também não interessam, apenas servem os que pontuam varias vezes para a equipa, estes fazem falta, querem pombos com vontade de vir para casa e que chegam nos primeiros bandos.
Uma campanha notável na verdade… chegaram a colocar os primeiros 16 pombos entre as duas equipas na classificação em Loures.
Marcelo no Pombal de Borrachos
E aqui nesta casa tanto de aposta em machos como em fêmeas e até ganham muito bem com machos. Voam diariamente duas vezes os seus bandos na altura dos concursos e começam com 30 minutos de cada vez, vão aumentando o tempo de voo até meio da campanha e dai para a frente voltam aos 30 mn por voo. Na ração é igual, utilizam a balança e vão administrando de forma progressiva a quantidade e qualidade da comida.
Quanto aos antibióticos já têm feito campanhas óptimas a administrar muito, mas nem foi o caso este ano que praticamente não os utilizaram, e acabaram com essa prática porque para manterem um nível competitivo ano após ano sem quebras sentiram necessidade de acabarem praticamente com os antibióticos. Felizmente existe veterinário em Loures e mantendo consultas regulares, apenas actuam quando se manifesta necessidade real… se os níveis estiverem estabilizados, não administram nada.
A sala de troféus é pequena para tantos prémios…
A nível interno podemos falar também de um ano para recordar, e recordar é viver, memorias como as que vêm fotografadas na foto de cima… são para “um sempre”, alias a sala de troféus é de perder ali vários minutos a apreciar toda uma historia de títulos ao mais alto nível em quase 70 anos de columbofilia desta família.
Conseguimos fotografar também prémios internacionais…
1º Prémio sport Olímpico C, nas Canárias, 1993…
Numa altura que os columbofilos, ou a sua maioria estão de férias, também pensámos em tirar uns dias para descansar, mas não é possível, está impregnado esta logística de procedimentos e quando paramos parece que falta alguma coisa. Fomos visitar uma família no coração de Loures, que mais do que columbofilos são amantes do pombo correio, são dirigentes e dedicam e têm dedicado desde há muitos anos a esta parte muito do seu tempo ao dirigismo sempre inovador e dinâmico, desde a presidência de direcções à assembleia geral todos os cargos têm sido ocupados por estes senhores…a columbofilia agradece e deve estar agradecida. Gentes desta natureza são o que suportam a nossa actividade. É de todo merecido este ano memorável ter acontecido nas suas vidas, por toda a sua dedicação, empenho e coragem… parabéns e que os bons resultados continuem tal como até aqui aconteceram.
Parabéns pelo feito a dedicação o trabalho o amor há causa ao qual nutro grande admiração aos meus grandes amigos os irmãos Balico
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A esta grande tripla apenas uma palavra Colossal campanhã que outros anos se repitam “A sorte dá mesmo muito trabalho”
Parabens!
Saudações columbofilas
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grande campanha voces merecem ..parabens..ass.aguias de loures
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Muitos parabéns , adorei a vossa história , grande abraco e que sucesso
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Par
abéns amigo grande colônia
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