Portugal Campeão do Mundo de Columbofilia 2018

Selva Urbana – Moura – Beja

Filipe Navalhinhas de 29 anos e Jorge Cerejo de 32 anos, dois jovens trabalhadores e dedicados à columbofilia. Desde o tempo de escola primaria que começaram a ocupar o seu tempo de forma diferente dos seus colegas, já nessa altura procuravam estar perto dos pombos e dos locais onde se falava de columbofilia. No ano de  2011 fazem finalmente a junção das duas colónias que tinham mantido ao longo de toda a sua juventude, mas a concorrer em nome individual e arrancam com este novo projecto. Em 2013 sagram se pela primeira vez campeões de borrachos, logo no arranque e dai para cá foi um percurso recheado de prémios e de excelentes prestações.
Uma historia que a muitos de nós nos faz recordar a nossa infância e juventude, ao ler as palavras nas respostas destes jovens revejo a minha própria historia em muitos dos seus momentos.

Frente dos Pombais

 

frente pombal

CO – Conte nos um pouca da historia como começou a vossa amizade e o gosto pelo Pombo Correio?

Jorge Cerejo – A nossa amizade começou logo na escola primaria. Ambos tínhamos o mesmo vicio que era cuidar de pombos. Na altura não havia aqui columbofilos, em Pedrogão a nossa terra Natal, havia sim, gaiolas de senhores já velhotes que residiam perto da escola e tinham alguns pombos vulgares: brancos, vermelhos, pretos etc. Só as simples cores deles já nos fascinavam. Nessa altura,  3º ou 4º ano da escola primária, ainda o meu avo era vivo, hoje já falecido, arranjou me os meus primeiros pombos vulgares que era o que por aqui havia, mas isso era o suficiente para haver logo competição entre os miúdos. Eu o meu sócio e mais dois ou três miúdos começamos primeiramente a ver quem tirava borrachos com cores mais bonitas e com o passar do tempo íamos nas bicicletas e levávamos três ou 4 pombos de cada um e soltávamos na outra ponta da localidade para ver quem recebia pombos primeiro.

Armindo \ Thonê

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Com o passar do tempo fomos estudar para o 5º ano, e nessa altura tivemos que ir para a Vidigueira, sede de conselho e ai sim já começamos a ver as coisas de outra maneira. A escola tinha um pombal a funcionar bem e a enviar ás provas. Quem mexia no pombos eram alguns alunos mais velhos. O pombal era no primeiro andar e tinha escadas e o aceso era restrito. Os alunos das outras localidades fora da Vidigueira chegavam sempre antes das aulas começarem porque tínhamos a deslocação de autocarro e chegávamos sempre uns 50 minutos antes da primeira aula, então a “entertenga” dos miúdos era jogar futebol, enquanto eu e o Filipe, meu sócio actualmente, já nessa altura só víamos o pombal e os pombos. Começamos a acompanhar com os mais velhos que cuidavam da colónia e tudo começou assim.

Uma verdadeira campeã por estas paragens nas mão de Filipe Navalhinhas

pombal femeas

A noticia do nosso interesse chegou rapidamente à sociedade Columbófila. Um dia o presidente Francisco Fresco e mais um membro da direcção Manuel Joaquim Gonçalves deslocaram se ao Pedrogão, procuraram nos e foi ai que estes dois senhores nos ajudaram a Federar, a adquirir as primeiras anilhas e a receber os nossos primeiros casais de reprodutores.

A grande responsável pelo sucesso…

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Co – Foi difícil todo este percurso?
 
JC – Tivemos algumas dificuldades como é natural, no meu caso ate foi motivo para algumas curtas paragens na competição, mas tanto eu como o meu sócio a correr em nome individual lutámos para conseguirmos competir e estar junto dos pombos. Com o passar do tempo o Filipe arranjou um sócio e eu também, mas esses rapazes acabaram por desistir e voltamos a ficar os dois como no inicio, então resolvemos juntar-nos tendo em consideração em grande parte os custos inerentes a este Desporto.
Mesmo durante as paragens continuei a investir tal como o Filipe, que nunca foi forçado a parar, também ele sempre que lhe foi possível foi investindo. Continuamos a procurar sempre melhorar a qualidade que tínhamos dentro das nossa instalações.

Interior do Pombal dos machos

pombal Machos

Co – Fale nos um pouco do arranque desta nova etapa?
 
JC – Em 2011 resolvemos nos juntar e fazer uma nova colónia. Cruzamos os melhores pombos que tive a voar com os dele, juntamos  alguns reprodutores que tinha comprado com alguns que ele tinha comprado, e nesse mesmo ano houve um columbófilo que terminou com os pombos o sr Inácio Franco que tinha sido no ultimo ano que concorreu, campeão de fundo, compramos lhe os 15 casais de reprodutores que tinha e em boa hora o fizemos.
Compramos pombos reprodutores de norte a sul do pais e em  2012 comprámos lotes de borrachos para voar. Com este conjunto de aquisições formámos uma colónia competitiva.

Ad Schaerlaeckens Pura

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CO – Esses são os pombos actuais que ajudaram na conquista do campeonato geral de 2016?
 
JC – Entretanto fizemos mais algumas introduções, nomeadamente alguns pombos oferecidos por um bom amigo José Manuel Santinha Lopes que foram uma mais valia para a nossa equipa e a quem temos muito a agradecer.
Presentemente, temos de tudo um pouco, desde os Belgas do Xico, Simons, Grondelares, Armindos, Janssens, Peter,v,d,Merwe, thones, Gabys, Sentinelas, Meleumans, Ad Schaerlaeckens, e os Soontjens a nova aposta para os novos cruzamentos.
 
De todos os que tínhamos, de todos os que compramos, de todos os que nos ofereceram só ficaram os melhores. O produto final está espremido em 22 casais na reprodução.

A dupla dentro do Pombal das Fêmeas

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CO – Qual o sistema adoptado?
JC – Começamos com cerca de 110 fêmeas adultas e borrachas jogadas a viúves. Só jogamos  fêmeas. Temos 30 machos só para esperarem por elas dos concursos mas esses nem voam.

Janssen \ Armindo \ Thonê – Filha do casal Base

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CO – Quais os vosso objectivos a médio e longo prazo?
JC – Os objectivos da selva urbana é construir uma equipa que consiga discutir o distrital de fundo, esta especialidade é a que mais gostamos e  a nossa localização também só nos permite lutar por esta. Os nossos pombos têm de vir sozinhos para casa e para ganhar é preciso saírem das grandes colunas bem cedo e fazerem um grande percurso em contra relógio.

 

 
Temos tido boas prestações ao nível das provas de longa distância de há dois ou três  anos a esta parte, nomeadamente nas provas de valência nacional. Temos tido sempre pombos nos 10 primeiros do distrito o que nos faz pensar que aqui temos matéria para trabalhar.

Outra perspectiva do Pombal de competição

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Principais títulos

Campeões de Borrachos – Moura

Campeões Velocidade – Moura

Campeões Meio Fundo – Moura

Campeões Fundo – Moura

Campeões absolutos – Moura

2016 no Bloco

5º Campeonato Borrachos

5º Campeonato Fundo

7º Campeonato Velocidade

 

Ad Schaerlaeckens Pura

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Entrada para a voliere e pombal de competição

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Uma dupla bastante jovem mas que esta a trabalhar com afinco para chegar longe na columbofilia. O caminho começou já há bastantes anos, têm experiência de manusear equipas para competir, a matéria prima já lá está e tem boa qualidade, agora é trabalhar, trabalhar, trabalhar para alcançarem os objectivos. À saída contavam me uma historia de um craque que nasceu no seu pombal: Em 2013 ofereceram alguns borrachos a Gonçalo da Vidigueira, um deles desapareceu na adução e foi ter a S. Pedro do Corval, foi apanhado pela equipa Voadores da Farrapa, comunicado e não reclamado, esse pombo no 2º ano de competição foi anilha prata distrital de meio Fundo em Évora. Amigo Domingos Passinhas, agora já sabe onde nasceu o seu excelente voador. São estas historias que vão sendo contactas e que desta forma ficam eternizadas, um bem aja pela existência deste projecto: Columbofilia Online. Desejo à Selva urbano toda a sorte do mundo e uma excelente campanha de 2018. Até breve…
 

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