Vítor Martelo & Rodrigues Reguengos – Évora
Concorrente no Grupo Columbófilo Albino Fialho, onde foi vários anos presidente da Direcção, em Reguengos, distrito de Évora. Na sua vida profissional foi presidente da Câmara Municipal, durante 9 mandatos seguidos, eleito pela primeira vez em 1976. Hoje já conta com 83 primaveras, no entanto continua activo, imaginem, já depois de sair da câmara, ainda foi presidente de uma associação social. Não podemos esquecer que também foi dirigente na ACD Évora e contribuiu de forma efectiva para a associação que hoje existe. Uma vida cheia de sacrifícios em prol da população geral e também da comunidade Columbófila. Um exemplo de vida a ser seguido pelos mais novos.
Um columbófilo com enorme sucesso ao longo de décadas, foi assim quando começou, durante muitos anos e também agora já com mais de oito décadas de luta. Quando questionado se já tinha sinalizado quais os factores do seu sucesso tão duradouro…disse nos: “os meus pombos são tratados com muito carinho, muita limpeza, o esforço é programado, a alimentação sempre na base do esforço despendido, tratados desse 1 de Janeiro a 31 de Dezembro com o mesmo empenho, nunca deixando por fazer algo que observamos que tem de ser feito…muita dedicação e trabalho…muito importante manter uma relação de proximidade e confiança dos pombos para com o seu tratador…hoje em dia essa relação já é estabelecida entre os pombos e o Rodrigues…” o seu braço direito. Este seu companheiro, quase não dorme para poder dar a assistência devida aos pombos, entra no pombal de manhã, só sai para almoçar e à tarde volta novamente, e é assim há cerca de 15 anos.
Uma sala de Troféus lindíssima…
Todo este espolio já foi palco de uma exposição de grande destaque e realce.
Teve boas épocas , mas o ano de 2016 foi o melhor de todos e este ano de 2017 está a começar muito bem… e sente se muito agradecido ao Manuel Rodrigues, diz mesmo, que tudo o que alcançaram é da sua responsabilidade. Não há segredos, na columbofilia, apenas tabus em relação aos medicamentos, o seu método é simples, com pouca medicação, mas procurando sempre encontrar pombos de qualidade…medicamentos só em caso de sinalização de doença, desparasitar algumas vezes durante o ano e apenas suplementos.
Classificações Campanha 2016
GC Albino Fialho
- Campeão Velocidade, Fundo e Geral – 3º No campeonato de Meio Fundo
- Anilha de Ouro Geral, Prata de Velocidade, Prata e Bronze de Fundo
Distrital
- Campeão Velocidade Zona Este
- 3º no Campeonato Geral Zona Este
- Anilha Prata Velocidade Zona Este e 4º Melhor Pombo todo o Distrito
- Anilha Bronze Meio Fundo Zona Este
- 6º Melhor Pombo de Fundo
- Anilha Ouro geral Zona Este e em todo o Distrito
Iniciou se na columbofilia com 18 anos na altura ao Natural, pela mão de um familiar. Foi nesse pombal onde se começou a apaixonar e interessar pela columbofilia. Começou a jogar a viuvez 1951 e a sério, e para isso adquiriu e leu um livro com muita atenção escrito por “Enrri” que abriu os seus horizontes columbófilos e veio revolucionar o seu pombal. Diz nos: “Hoje mandam se cestas cheias de pombos, mas naquela altura tinha muito menos pombos e encestava cerca de 7 pombos por concurso, e varias vezes metia os 7 na dezena.”
Frente dos Pombais de Voo
Esse livro especial foi quase que a Bíblia, onde aprendeu a jogar à viuvez deixando em definitivo o Natural. Antigamente, trazia as fêmeas para longe do pombal, eram inutilizadas, apenas apostava nos machos, eram levadas para um local onde os machos não as ouvissem, hoje em dia por falta de tempo e a idade também já não vai ajudando foi progressivamente abandonando esse jogo. O Sr Vítor é que estava mais por dentro da viuvez antiga, e com a entrada do Manuel Rodrigues na equipa, as fêmeas passaram a estar no pombal ao lado dos machos, treinam e são jogadas também. No dia da chegada vão entrar no pombal dos machos onde vão encontrar os seus parceiros e os ninhos abertos, é uma semi-viuvez.
Pombal de Machos adultos com os ninhos tapados
Os seus melhores pombos de sempre nasciam do seu casal n.º1. O grande casal era composto por um macho de Américo Esteves de Lisboa, esse pombo estava na zona da amadora num senhor chamado Amaral que tinha ficado com a colónia do Esteves , era um borrachinho que tinha acompanhado todos os adultos que foram cedidos e acaba por partir uma asa e ficar inutilizado para o voo e oferecido a Vítor Martelo aquando de uma visita a Lisboa.
A fêmea do casal aparece numa visita ao pombal do sr Murteira. Estava uma borracha com uma asa partida também no pombal desse senhor e condenada a ser abatida, mas o sr Vítor, ficou com pena dela e pediu para ficar com ela. Os dois pombos juntos não calculam caros leitores a quantidade de craques, desde, filhos netos, bisnetos etc, alguns campeões distritais e alguns pombos Olímpicos também. Uma historia assente num casal de pombos. Hoje em dia o seu sangue já é residual. Actualmente por sinal, já não se dedica à reprodução e todos os anos vai ao distrito de Setúbal a casa do irmão do seu amigo e Sócio, Rodrigues de onde trazem os borrachos que são aduzidos anualmente e concursados logo a seguir. Este processo repete se no ano seguinte, e já acontece assim há uns anos. No seu pombal apenas são criados alguns pombos com o intuito de motivar os seus voadores e lhes dar crença ao Pombal e sempre no final de cada campanha.
Um dos Pombais só para Borrachos
Pode nos falar um pouco do método actual: “No dia a seguir ao esforço mantém se fechados, de manhã apenas restabelecemos com um fortificante e depois à tarde já permitimos que sem se esforçarem, mas que vão à rua esticar a asas. Depois ao longo da semana vamos analisando como se comportam a voar e vai se aumentando a carga, o treino e também a alimentação, no dia de encestamento permitimos comer apenas algumas sementes. O adultos são encestados semanalmente, apenas fazem paragens se percebermos que estão a revelar cansaço e começam a chegar atrasados, fora esses casos pontuais, não são poupados, apenas a equipa que é separada para voar o fundo é que descansam entre os fundos, a não ser que os dois concursos sejam distanciados mais do que 2 semanas e ai sim são jogados a um concurso mais curto. As fêmeas já têm um papel preponderante hoje em dia e também dão um ar da sua graça, até começamos a apostar mais nelas do que neles. Os machos durante a semana estão nos poleiros, só vêm os ninhos à chegada dos treinos e concursos. Os borrachos estão juntos por sexos e separados dos adultos, no 1º ano fazem muitos treinos mas poucos concursos, e apenas no final da campanha, apenas para fazer a selecção para o ano seguinte, não contamos muito com eles para pontuarem nos campeonatos.
Amigo Vítor, uma frase de despedida:
“Hoje em dia apenas posso ter pombos porque o Manuel de dedica a isto…porque se não já não era possível… ele gosta mesmo disto…”
Foi uma visita de medico, como se costuma dizer, mas de muitos ensinamentos, ficamos com pena de não poder ter usufruído mais de tão especial companhia, mas ficou prometida uma visita, logo que possível, até porque estamos a torcer por aquela grande fêmea que já foi a melhor do distrito de Évora, mas que estão a preparar para poder brilhar no Nacional…vamos ao trabalho… parabéns pela qualidade dos pombos que observámos, com uma saúde impecável, uma pena brilhante, de fazer inveja…gostava de ter percebido melhor como no dia a seguir a um concurso de Fundo já estavam assim…gostava de aprender…mas teremos outras oportunidades… Obrigado por nos ter recebido…
Parabêns Presidente
Parabêns amigo Vcitor Martelo
Um abraço sempre amigo
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Parabernizo-o! E agradeço se tiver algo da história do farmacêutico Albino Fialho. Grata!
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