Fusão de Coletividades em Lisboa… por Nuno Andrade
COLUMBOFILIA NA CIDADE DE LISBOA

REGULARIZAR A SITUAÇÃO DE COLETIVIDADES INATIVAS NA CIDADE DE LISBOA
UM IMPERATIVO LEGAL E UMA ABSOLUTA NECESSIDADE FACE AO SEU
HISTÓRICO AO LONGO DOS ANOS
Em consequência de múltiplas razões, a columbofilia e de modo particular, na cidade de Lisboa,
tem vindo a perder imensos praticantes.
As profundas alterações urbanísticas, a escolaridade obrigatória que se apresenta e bem, em
termos sociais, como um fator muitíssimo positivo tem, contudo, efeitos contraditórios
relativamente ao rejuvenescimento e reforço dos praticantes. Por outro lado, os crescentes
custos nas diversas áreas que envolve a prática da modalidade têm globalmente efeitos nocivos
conducentes ao abandono. O problema demográfico e consequentemente o envelhecimento dos
columbófilos, o clima de uma competitividade extrema, a pouca partilha, a falta de apoio, etc.,
acabou por afastar da modalidade muitos columbófilos, assim como muitos daqueles que, de
algum modo, estiveram próximos. A quantidade de coletividades formalmente existentes na
cidade de Lisboa excede em muito as necessidades e procura face ao número de columbófilos
ativos.
Nestas circunstâncias, temos vindo a observar que coletividades com um passado histórico de
enorme valor, seja pela representatividade que já tiveram seja, sobretudo, pelos importantes
contributos dados ao longo da sua existência ao desenvolvimento da modalidade, encontram-se
hoje completamente inativas.
Urge ultrapassar os condicionalismos eventualmente existentes, importa reestruturar o
movimento associativo ligado à columbofilia na cidade de Lisboa mantendo na medida do
possível a memória e raízes históricas de cada uma delas. Enfim importa resolver a situação.
Com efeito, entre muitas outras coletividades como a gloriosa Sociedade Columbófila do Centro
de Portugal (NIF: 3), fundada em 1927, sem atividade desde 2017, a Columbofilia Oriental de
Lisboa (NIF:267), fundada em 1954, e sem atividade desde 2019, a Sociedade Columbófila
Alvalade (NIF:324), fundada em 1956, e sem atividade desde 2005, mantendo-se no plano
formal, designadamente junto das entidades oficiais, como existentes (uma vez que não
formalizaram qualquer dissolução), não cumprem contudo, com o respetivo objeto social para
que foram constituídas.
A existência sem atividade e sem cumprimento de formalismos periódicos de caráter obrigatório
(mesmo que inativas) cujo incumprimento podem implicar para os últimos titulares dos órgãos
sociais dessas coletividades responsabilidades não negligenciáveis, implica que cada uma destas
coletividades tomem medidas conducentes à definição do respetivo futuro, seja o da
oficialização da dissolução, seja o da fusão ou incorporação de umas coletividades numa outra,
etc. O problema tem solução, o quadro atual pode ser ultrapassado e legalizado, importa
contudo tomar “mãos à obra”.
Ora, o Alvalade, o Centro de Portugal e o Oriental não são mais do que vítimas da evolução
acima apontada. Contudo, têm todas uma história inalienável de contributo para o
desenvolvimento da modalidade em Portugal, com particular relevo – tem de se aceitar – para o
Centro de Portugal, coletividade de onde saiu a FPC. Importa insistir e reter que foi a partir do
Centro e por sua iniciativa que se chegou à FPC.
É importante reter que a Sociedade do Centro de Portugal é uma das mais antigas coletividades
columbófilas de Portugal, foi fundada em 1927 e tem a Licença Federativa nº 3
A ideia é fazer incorporar (integrar) o Alvalade, o Oriental e o Penha no Centro de Portugal
numa base de absoluta igualdade. Incorporação (Integração) porquê? Porque a futura
coletividade beneficiaria da antiguidade do Centro que foi fundado em 31 de Dezembro de 1927
Se a opção fosse a fusão perder-se-ia esse capital de antiguidade, seria como que se tudo
começasse de novo. Sendo ambas as opções possíveis (fusão por incorporação ou fusão
simples), no objetivo final são iguais, parece claro que com a incorporação, pelo menos
ganharíamos a antiguidade e evitaríamos distanciar e eventualmente fazer esquecer a história
decorrente do facto de ser uma das primeiras e sobretudo com uma história incrível. Para a
columbofilia portuguesa seria também uma importante decisão.
Favor notar que no parágrafo anterior já está incluída a Sociedade Columbófila do
Penha,(NIF:40) embora esteja em atividade, faz parte da área da cidade de Lisboa.
Nesse sentido, é importante que os sócios e ainda dirigentes destas coletividades, cientes das
implicações associadas ao atual estado, promovam contatos e dinamizem um processo
conducente à urgente regularização da situação.
Para efeitos de incorporação ou fusão, cada uma das coletividades terá que convocar a respetiva
Assembleia Geral Extraordinária com Ordem de Trabalhos específica, sendo a mesma divulgada
nos jornais da modalidade, na columbofilia Online e num jornal nacional
O nome a dar ao clube depois da fusão, poderá ser :
O Centro – União Columbófila e Recreativa do Alvalade, Centro, Oriental e Penha
Obviamente que o nome acima referido corresponde a uma mera sugestão, o nome será aquele
que por bem entenderem, e que for decidido em Assembleia.
É urgente tomar medidas de forma a garantir o futuro da columbofilia na cidade de Lisboa
Nuno Andrade (LF:10916) Sócio no Penha, Oriental e Centro


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